Veja os sintomas do câncer de pele no couro cabeludo
Por Edicase
Publicado às 30/10/2024 19:16:00No verão, os índices de radiação solar aumentam e, além de preocupação com a proteção da pele, o couro cabeludo também precisa de cuidados. Isso porque, muitas vezes esquecida, essa é uma área do corpo que também pode apresentar lesões causadas pelo sol e, até mesmo, tumores.
“Eles podem aparecer em diferentes tamanhos e formas; por isso, a prevenção e a detecção precoce são os melhores caminhos para evitar complicações”, afirma a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Riscos do câncer de pele no couro cabeludo
O oncologista Dr. Ramon Andrade de Mello, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia e pós-doutor clínico no Royal Marsden NHS Foundation Trust e pesquisador honorário da Universidade de Oxford, alerta para os riscos do câncer de pele no couro cabeludo, especialmente se não for diagnosticado e tratado precocemente, pois há possibilidade de metástase para o cérebro.
“Apesar de não serem classificados como tumores cerebrais, as metástases cerebrais são tipos de câncer que chegam no cérebro após circular pelo corpo, e temos a impressão de que eles são até dez vezes mais comuns do que os tumores cerebrais justamente por termos muito mais diagnósticos de câncer de mama, pulmão, pele e intestino do que tumores no cérebro. É uma questão estatística”, explica
autoexame do tecido cutâneo, utilizando principalmente a regra de manchas e lesões ABCDE:
- A: de assimétrica;
- B: de bordas irregulares;
- C: de cores desiguais;
- D: de diâmetro maior que 6 milímetros;
- E: de evolução – quando crescem aceleradamente.
“No couro cabeludo, essa detecção é mais difícil de ser feita individualmente, mas você pode pedir ajuda ao seu companheiro, familiar ou amigo. Basta alguns minutos, uma vez por mês, de preferência com luz natural, verificar alguma mudança na região. Normalmente, surge uma ferida pequena com casquinha que sangra facilmente”, diz o Dr. Ramon Andrade de Mello.
Em todo caso, deve-se procurar orientação médica. “Além disso, se a ferida for maior que seis milímetros, se houver coloração dupla ou tripla e se não cicatrizar em quatro semanas, é fundamental procurar o médico imediatamente para obter um diagnóstico preciso e tratamento adequado que, normalmente, é cirúrgico para retirada total da lesão e deve ser realizado o mais precocemente possível”, finaliza a Dra. Claudia Marçal.
Por Maria Claudia Amoroso