É verdade esse bilhete: O Ford Mustang agora terá uma versão SUV e elétrica. O lançamento, que traz o famoso "muscle car" para a era dos utilitários esportivos e da eletrificação — tudo ao mesmo tempo —aconteceu na última semana, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Essa é a primeira ampliação da família do 'pony car' em quase seis décadas de história do modelo no mundo.
Principal lançamento da Ford neste ano, o SUV do Mustang foi a resposta da marca aos desejos do consumidor atual, que prefere carros espaçosos, práticos, conectados, altos e, mais recentemente, eletrificados. Com todos essas premissas, a contra-gosto dos puristas, nasceu o Mach-E.
O modelo foi projetado em um edifício centenário a alguns quarteirões da primeira fábrica de Henry Ford, em Detroit, e será produzido no México. O Mustang 'altinho' chegará ao mercado norte-americano no final de 2020 em cinco versões com bateria padrão ou de longo alcance, além de opção por tração traseira ou nas quatro rodas.
Com a bateria maior e apenas tração traseira, o Mach-E terá uma autonomia de, pelo menos, 480 km. A potência das variantes vai de 255 cv na variante de entrada Select e pode chegar até 465 cv, quando a opção é pela versão GT Performance Edition.
Essa opção é a que mais remete a esportividade do tradicional 'pony car', isso porque acelera de 0 a 100 km/h em cerca de três segundos — mesmo tempo do Porsche 911 GTS. De acordo com a fabricante, a recarga do Mustang Mach-E com autonomia padrão pode atingir até 80% em cerca de 38 minutos usando uma estação de carga rápida.
A Ford iniciou um programa de reserva do Mustang Mach-E pela Internet, disponível para clientes na América do Norte e na Europa mediante depósito de US$ 500 (cerca de R$ 2 mil). Apesar de não ter confirmado, a marca deve trazer o modelo para o Brasil. Só esperamos que não leve o mesmo tempo que o Mustang tradicional. É aguardar até o Salão do Automóvel de 2020.