Johnny da Silva Gomes, 28 anos, apontado como responsável por torturar e matar Lucas Torres dos Santos, 16 anos, se entregou na 52ª DP (Nova Iguaçu) na quinta-feira à noite. A vítima tinha saído de casa no sábado para brincar Carnaval na Praça de Cabuçu, em Nova Iguaçu, mas foi retirado à força do local. O corpo foi encontrado na segunda-feira com marcas de tortura e o crânio esmagado a golpes de machado.
Johnny tinha um mandado de prisão pelo crime e estava foragido. Segundo a polícia, ele tem passagem por roubo e é suspeito de envolvimento com uma milícia que atua em Cabuçu.
De acordo com Vanessa Torres, mãe de Lucas, ele acompanhava uma amiga ao banheiro em um bloco, quando o ex-namorado dela o segurou pelo braço e o arrastou do local. Depois, Lucas não foi mais visto.
Em depoimento, a amiga de Lucas disse que era ameaçada pelo ex-namorado, que não aceitava a separação. Ela registrou ocorrência contra o rapaz que, mais tarde, se apresentou e negou as acusações. Após prestar esclarecimentos, ele foi liberado por falta de provas.
"O Lucas estava de mãos dada com ela para não se perderem. O Jhonny viu e achou que estivessem juntos. Ele puxou Lucas pelo braço, o arrastou dali e fez essa covardia", contou Daniel Rosa, delegado titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).