Presos desde terça-feira, os dois denunciados pela morte da vereadora Marielle Franco, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, voltaram à Delegacia de Homicídios da Capital (DH), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, após participarem de audiência de custódia na Cadeia de Benfica, em que a Justiça decidiu mantê-los presos.
Agora, Lessa e Queiroz vão prestar depoimento sobre o assassinato de Marielle na manhã desta sexta. A expectativa é que os dois permaneçam em silêncio, como a lei permite, sem responder a nenhuma pergunta dos policiais civis.
Após os depoimentos, os dois devem ser recolhidos ao presídio de Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Investigações
Nas investigações sobre as mortes de Marielle e do motorista Anderson Gomes, Lessa é apontado como autor dos 13 disparos sobre o carro em que estavam as duas vítimas. Queiroz, por sua vez, estaria ao volante do Cobalt Prata, que ele e o comparsa usaram no crime.
Lessa e Élcio também foram denunciados pela tentativa de assassinato de Fernanda Chaves, a assessora da vereadora que também estava no carro mas sobreviveu ao ataque.
Missa pela memória de Marielle e Anderson é marcada por apelos pelo fim da violência
Os advogados de Lessa e Queiroz dizem que seus clientes são inocentes. Eles descartaram a hipótese de que os dois fazerem uma delação premiada para apontar os mandantes do crime - hipótese levantada pelo governador Wilson Witzel (PSC).