Regiane da Silva Santos, a professora morta a tiros ao buscar refúgio em uma academia de Travessão, em Campos, no Norte do estado, resistiu aos ferimentos tempo suficiente para aguardar a chegada dos policiais e apontar o ex-marido como executor do crime. A informação foi revelada pelo jornal Terceira Via.
Uma testemunha ouvida pelo jornal relatou detalhes da sequência de eventos que culminaram no assassinato de Regiane, de 35 anos, pelas mãos de Paulo Rangel, com quem foi casada e tinha três filhas pequenas. Segundo ela, a professora demonstrou calma mesmo depois de ser baleada cinco vezes, uma delas nas costas, enquanto tentava fugir de Rangel.
"Ela disse que só sentia uma queimação e tentou nos acalmar, conversava com a gente normalmente, enquanto esperava o socorro", disse a testemunha. "Depois de um tempo, ela disse que a dor aumentou e de repente caiu e apagou. Foi quando morreu. Antes disso, contou para a polícia que ele (Paulo) tinha atirado nela".
Segundo a polícia, já havia uma medida protetiva em favor de Regiane, que deveria impedir Rangel de se aproximar da ex-mulher.
Regiane corria com outras pessoas pela rua no entorno da academia, quando foi abordada pelo assassino, com quem se recusou a conversar. Foi então que ele atirou. Ferida, a professora entrou na academia, mas Paulo foi atrás, subiu num balcão e descarregou a arma, um revólver calibre 38. O criminoso está foragido.