O empresário Eduardo Fauzi Richard Cerquise, de 41 anos, acusado de participar do ataque ao Porta dos Fundos na madrugada da véspera do Natal, disse que pretende voltar ao país no fim de janeiro. Fauzi viajou para a Rússia no último dia 29 e desde então está em Moscou.
"Se eu sentir que minhas seguranças pessoais e físicas estão em perigo, eu vou optar por não me apresentar neste momento, mas, em princípio, os meus planos são realmente estar retornando dia 30 de janeiro", Fauzi afirmou, em entrevista à BandNews FM.
O empresário contou que viajou para Moscou para passar o Natal ortodoxo com o filho, cuja celebração acontece nesta terça-feira. Ele disse que a viagem já estava programada, inclusive com a passagem de volta comprada para o dia 30.
"A gente tem uma ofensa real ao sentimento palpável. A resposta foi mais do que justa. Foi preparada para isso", defendeu, sobre o ataque com coquetéis molotov à fachada da sede da produtora, no Humaitá, na Zona Sul do Rio.
Fauzi disse que pediu asilo político à Rússia, que será analisado depois das festividades desta terça.
FORAGIDO
Um dia depois de viajar para Moscou, o empresário foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio. Desde então, ele é considerado foragido, já que há um mandado de prisão em aberto contra ele.
A 10ª DP (Botafogo), que investiga o caso, fez um pedido para que Fauzi fosse incluído na lista de procurados da Interpol. Até o momento, o nome dele não está na relação.
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Paralelamente, o Ministério das Relações Exteriores tenta uma extradição dele pelas autoridades russas.
Nesta segunda, o empresário foi expulso do PSL do Rio, de onde era filiado desde 2001.