Rio - A Polícia Civil do Rio descobriu que a professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto no dia 8 de março, levou o filho em um hospital da Zona Oeste do Rio, um dia após ter sido informada pela babá Thayná de Oliveira Ferreira das agressões sofridas por ele, pelo padrasto, o vereador Dr. Jairinho. O casal foi preso na semana passada e indiciado por homicídio e tortura.
Henry Borel foi atendido ao meio-dia do dia 13 de fevereiro. Monique aparece como responsável pelo filho e relata que ele sofreu uma queda da cama no dia anterior, por volta das 17 horas. Nas conversas resgatadas pela Polícia Civil, a professora é relatada sobre as agressões de Jairinho contra o filho dela nesse mesmo horário.
Assim como mostra o vídeo encaminhado à mãe, os médicos relatam que Henry estava mancando e com forte dores, mas sem fratura. A informação foi divulgada neste domingo (11) pelo Fantástico.
Segundo a Polícia Civil, Monique não contou em nenhum momento o fato ocorrido.
PASSA A PASSO
Henry Borel morreu na madrugada do dia 8 de março na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca. Segundo os médicos que atenderam a criança, ele já chegou morto no hospital.
Lionel Borel, pai de Henry e ex-marido do Monique, seguia para o trabalho, em Macaé, quando foi avisado sobre um suposto acidente doméstico sofrido pelo filho.
Monique e Jairinho contaram que a criança caiu da cama e foi encontrado desacordado e levado em caráter emergencial para o hospital.
Henry morreu por hemorragia, por conta de um rompimento no fígado. O laudo da perícia foi contraditório ao que o casal Monique e Jairinho contaram. O menino tinha fraturas e hematomas no corpo que não poderiam ter sido causadas por uma queda da cama.
Um mês após a morte da criança e mais de 18 testemunhas ouvidas, o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca) pediu o indiciamento de Jairinho e Monique pelo assassinato do filho dela.
Segundo a Polícia Civil, Jairinho torturou o menino e Monique foi conivente com as agressões sofridas pelo filho.
O casal teve seus celulares apreendidos e, mesmo após apagar algumas conversas, a polícia conseguiu resgatar prints que revelam as sessões de tortura sofridas por Henry Borel.
Ainda segundo o delegado, a babá Thayná de Oliveira mentiu para a polícia em seu depoimento ao relatar que não sabia das agressões de Jairinho contra o enteado.
EX-RELATA AGRESSÕES
Um dos depoimentos que ajudou a polícia a montar o histórico de Jairinho foi de uma ex-namorada que o denunciou por agressões contra ela e uma filha, na época menor. por conta da denúncia, a polícia abriu um segundo inquérito conto o político.
Outra pessoa também agredida por Jairinho, foi sua ex-mulher. De acordo com a polícia, a agressões ocorreram na Lua-de-mel do casal, quando ela descobriu traições do marido.
A defesa do parlamentar nega todas as acusações.