Rio - O secretário de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Bruno Dauaire, o subsecretário de Promoção, Defesa e Garantia dos Direitos Humanos, Thiago Miranda, e a superintendente de Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas, Jovita Belfort proporcionaram um encontro das famílias do meninos desaparecidos há quatro meses em Belford Roxo, com a secretária Nacional de Proteção Global e Direitos Humanos, Mariana Neres.
A representante da ministra Damares conversou com os familiares e reforçou o compromisso do Governo Federal em trabalhar na causa das pessoas desaparecidas no Brasil. Ela colocou o Ministério à disposição das famílias. "Nós sabemos o quanto tem sido dolorido para todos vocês e para todos nós a procura dessa resposta. Quero dizer que vocês não estão sozinhas, e que nós não vamos descansar, até trazer justiça para essas três crianças", afirmou a secretária Mariana Neres.
O secretário Bruno Dauaire, apresentou os programas da Secretaria voltados para a luta das pessoas desaparecidas no Estado, como por exemplo, o Alerta Pri - o primeiro sistema de alerta por telefone do país para solucionar desaparecimentos de crianças e adolescentes. Bruno tem acompanhado de perto a luta das famílias de Belford Roxo. "Este é o nosso terceiro encontro com representantes do Ministério. Há quatro meses estamos ao lado dessas famílias acompanhando as investigações", afirmou Bruno.
Desaparecimento dos meninos em Belford Roxo completa quatro meses sem notícias
No último dia 27 de abril fez quatro meses desde o desaparecimento de Fernando Henrique, de 11 anos, Alexandre Silva, de 11 anos, e Lucas Matheus, de 8 anos, no bairro Areia Branca, em Belford Roxo, na Região Metropolitana do Rio. Desde então não notícias sobre os paradeiros deles. Segundo a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) continua as diligências e ações de inteligência buscando o esclarecimento do fato e o encontro das crianças.
De acordo com relatos das famílias, Alexandre, Lucas e Fernando estavam brincando em um campo de futebol perto da casa deles, em Jardim Dimas Filho, em Belford Roxo, e depois foram tomar café na casa de Alexandre. Amigos próximos afirmam que, depois do lanche, os três avisaram que estavam indo para a Feira de Areia Branca, que fica a cerca de 2 km do local, e desapareceram.
Segundo informações da DHBF, os policiais fizeram buscas, verificaram denúncias em diversos bairros do Rio de Janeiro e municípios da Baixada Fluminense e ouviram depoimentos de familiares e testemunhas.
"As informações iniciais indicaram que as crianças teriam saído de onde moram, na comunidade Castelar, em Belford Roxo, para a Feira de Areia Branca, percurso de aproximadamente 2,7 Kms, em que os diversos caminhos possíveis foram percorridos. A equipe da DHBF fez mais de 80 diligências, além de buscas em locais distintos ao longo desses meses, em que imagens foram coletadas e apresentadas para as famílias", afirmou a especializada.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) chegou a encontrar, no início de março, uma imagem dos meninos andando pela Rua Malopia, na Vila Medeiros, em Belford Roxo. Os investigadores trabalharam com a hipótese de que as crianças tinham sido capturadas nessa região da cidade.
O registro da câmera de segurança que filmou o momento em que os meninos andam pela Rua Malopia tinha sido apreendido pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense durante as investigações. Contudo, os policiais não encontraram a parte do vídeo em que os meninos aparecem. O MPRJ pediu o material pouco tempo depois e conseguiu encontrar as imagens dos jovens.