Rio - O desabamento do prédio em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio, na última quinta-feira, voltou a chamar atenção das autoridades políticas e policiais sobre as construções irregulares. Embora o edifício que caiu, deixando duas pessoas mortas e quatro feridas, fosse familiar, muitas construções na região são promovidas por milicianos.
A Polícia Civil criou, após a tragédia, uma força-tarefa para identificar os empresários do ramo imobiliário clandestino, que lucram com a construção, venda e aluguel de imóveis irregulares da milícia, e tentar evitar novas vítimas de desabamentos. Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca), 32ª DP (Taquara), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) integram o grupo de investigação.
O novo trabalho é um desdobramento da força-tarefa criada em outubro para combater a milícia. A reportagem teve acesso a um levantamento da corporação que apontou que, em oito meses, os policiais conseguiram embargar 20 obras na Zona Oeste do Rio, gerando um prejuízo de cerca de R$ 50 milhões aos paramilitares.
A Polícia Civil criou, após a tragédia, uma força-tarefa para identificar os empresários do ramo imobiliário clandestino, que lucram com a construção, venda e aluguel de imóveis irregulares da milícia, e tentar evitar novas vítimas de desabamentos. Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca), 32ª DP (Taquara), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) integram o grupo de investigação.
O novo trabalho é um desdobramento da força-tarefa criada em outubro para combater a milícia. A reportagem teve acesso a um levantamento da corporação que apontou que, em oito meses, os policiais conseguiram embargar 20 obras na Zona Oeste do Rio, gerando um prejuízo de cerca de R$ 50 milhões aos paramilitares.
Segundo o delegado Felipe Curi, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), esses resultados foram alcançados graças a uma mudança de estratégia da corporação ao investigar construções irregulares.
"A DPMA faz um trabalho de inteligência, mapeamento e juntada de provas. Instaura inquérito policial, instrui a investigação com as provas colhidas com as atividades de campo e com as ações da Força-Tarefa de combate às milícias e, por fim, requer à Justiça que a construção irregular investigada seja interditada. Essa mudança de estratégia dá mais efetividade às ações de combate às construções irregulares por parte da milícia", explicou.
Investigações do desabamento
A Polícia Civil já descartou a participação de milicianos nas obras do prédio. O imóvel foi comprado e construído ao longo de anos, pelo pai e avô das vítimas fatais, Genivan Gomes Macedo.
"A DPMA faz um trabalho de inteligência, mapeamento e juntada de provas. Instaura inquérito policial, instrui a investigação com as provas colhidas com as atividades de campo e com as ações da Força-Tarefa de combate às milícias e, por fim, requer à Justiça que a construção irregular investigada seja interditada. Essa mudança de estratégia dá mais efetividade às ações de combate às construções irregulares por parte da milícia", explicou.
Investigações do desabamento
A Polícia Civil já descartou a participação de milicianos nas obras do prédio. O imóvel foi comprado e construído ao longo de anos, pelo pai e avô das vítimas fatais, Genivan Gomes Macedo.
Vindo do Ceará, no Nordeste, com dois irmãos, no final dos anos 1990 para o Rio de Janeiro tentar melhores oportunidades de emprego, segundo familiares, ele contou, em depoimento na Delegacia da Barra da Tijuca, que começou a construir a casa para sua família há 21 anos.
Até o momento, Macedo foi o único a prestar depoimento sobre o caso.
Assim como a polícia está investigando o caso, a Prefeitura do Rio afirma que também faz suas fiscalizações. No entanto, o município afirmou que o imóvel em questão, não constava no sistema.
"No caso do imóvel que desabou em Rio das Pedras, não consta no sistema da Prefeitura licença para o prédio em questão, que é ilegalizável, porque não respeita os parâmetros urbanísticos definidos pelo Código de Obras do Rio de Janeiro", afirmou em nota.
A Prefeitura informou ainda que, desde janeiro, a Secretaria Municipal de Conservação já demoliu 300 construções irregulares na cidade, e 180 só na Zona Oeste.
Até o momento, Macedo foi o único a prestar depoimento sobre o caso.
Assim como a polícia está investigando o caso, a Prefeitura do Rio afirma que também faz suas fiscalizações. No entanto, o município afirmou que o imóvel em questão, não constava no sistema.
"No caso do imóvel que desabou em Rio das Pedras, não consta no sistema da Prefeitura licença para o prédio em questão, que é ilegalizável, porque não respeita os parâmetros urbanísticos definidos pelo Código de Obras do Rio de Janeiro", afirmou em nota.
A Prefeitura informou ainda que, desde janeiro, a Secretaria Municipal de Conservação já demoliu 300 construções irregulares na cidade, e 180 só na Zona Oeste.