Diante do 18� massacre em 2018, Trump vai cuidar da 'sa�de mental'
Presidente dos EUA n�o comentou sobre venda de armamentos no pa�s. Criminoso usava um fuzil AR-15
Por O Dia
Estados Unidos - Após o ataque a tiros que deixou 17 mortos e 14 feridos em um colégio na Flórida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou ontem e culpou a "pertubação mental" do criminoso, um jovem de 19 anos, pelo massacre. O chefe magnata da Casa Branca não mencionou qualquer intenção de restringir o controle de armas no país.
Nikolas Cruz, ex-aluno da escola, entrou no local com um fuzil AR-15, comprado legalmente. Ele foi preso duas horas após o massacre. "Estamos empenhados em trabalhar para proteger nossas escolas e enfrentar a difícil questão da saúde mental", afirmou Trump, em Washington.
Com o ocorrido, os Estados Unidos voltam a enfrentar o fato de serem o único país desenvolvido onde ocorrem assassinatos com armas de fogo nas escolas. Já é o 18º tiroteio em um centro educacional somente este ano.
No discurso para a nação, atônita, Trump também pediu unidade e invocou "o amor contra o ódio". No Twitter, o presidente, que foi eleito com o apoio da influente Associação Nacional do Rifle, um poderoso lobby pró-armas, exigiu saber como um "perturbado mental" conseguiu realizar um massacre.
"Tantos sinais de que o atirador da Flórida era um perturbado, inclusive expulso da escola por sua má e errática conduta", tuitou Trump. Também acrescentou que "os vizinhos e os colegas de classe sabiam que era um grande problema. Devem informar sobre esses casos às autoridades sempre, mais de uma vez!".
Como foi o massacre
Na quarta-feira, Nikolas Cruz chegou no horário do fim das aulas e disparou o alarme de incêndio para dar início ao ataque contra os estudantes que deixavam o prédio.
A estudante brasileira Melissa Camilo, de 15 anos, contou ao jornal 'Folha de S.Paulo' que correu em direção à parede e ficou em silêncio quando ouviu os tiros.
"A gente ficou bem quietinho para ele não saber que tinha gente na sala. Quando a gente saiu, era só sangue e corpo", afirmou.
Supremacista branco, antissemita, amante de armas
Nikolas Cruz, de 19 anos, vestia uma m�scaras de g�s sobre o rosto, um chap�u preto e cal�a e blusa marrons e tinha v�rios cartuchos de muni��o ao invadir o col�gio na Fl�rida.
O atirador � um adolescente admirador de armas, que havia sido expulso do estabelecimento de ensino por raz�es disciplinares.
Sua m�e adotiva morreu de pneumonia no fim do ano passado, e Nikolas foi acolhido pela fam�lia de um colega de turma.
"Ele era um pouco estranho, estava um pouco deprimido ap�s a morte de sua m�e, mas quem n�o estaria?", ponderou o advogado da fam�lia.
O jovem tamb�m pertenceu a um grupo de supremacistas brancos. Um l�der do grupo "Republic of Florida" (RoF) admitiu que Cruz participou de sess�es de treinamento do movimento.
O l�der do grupo sugeriu que a presen�a de alunos judeus poderia ter rela��o com o massacre. "Havia muitos judeus nessa escola, que podiam estar se metendo com ele", comentou.
No Instagram, Cruz mantinha uma conta onde exibia sua obsess�o com armas de fogo, incluindo algumas de grosso calibre, e com diversos tipos de facas.