O papel da escola vai muito al�m da oferta de uma boa forma��o para crian�as e jovens. Inclui ainda preparar pessoas para a vida, para o exerc�cio cr�tico e participativo da cidadania, adquirindo assim condi��es de sujeitos de direitos e deveres, de forma a fortalecer a dimens�o de humaniza��o e a democracia. A forma��o para valores implica em educar para os direitos que formem pessoas para um humanismo solid�rio.

Vivemos num pa�s que busca fortalecer sua democracia ainda marcada por gritantes desigualdades sociais, econ�micas e educacionais. Tal realidade � respons�vel por aumentar a cultura da viol�ncia, principalmente contra jovens marginalizados das periferias e das comunidades. Somente mudaremos este triste cen�rio no dia e que entenderemos que n�o podemos mais terceirizar a educa��o e que ela � trabalho conjunto que envolve: escolas, fam�lias, comunidades e governos.

O patrono brasileiro dos direitos humanos, Dom H�lder C�mara, afirmou que a melhor maneira de ajudar os outros � ensin�-los a pensar. Somamo-nos a ele por acreditar que uma boa educa��o promove a cultura da paz ao devolver a cada jovem, vitimado pela viol�ncia real e simb�lica, uma educa��o integral e integradora que restitua seus sonhos roubados e seus projetos de vida ceifados.

Portanto, educar para a cultura da paz � proteger a vida humana, principalmente de nossos jovens brasileiros, e coloc�-los como protagonistas de suas trajet�rias, tomando em suas m�os a tarefa de reumanizar o humano por meio da forma��o de pessoas e de grupos.

E a escola torna-se protagonista nessa estrat�gia conjunta de dissemina��o da cultura da paz. Sua contribui��o � decisiva para a forma��o de gera��es conscientes, aut�nomas, solid�rias e generosas. Por mais dif�cil que se apresente a supera��o de todas as formas de viol�ncia, agress�o ou qualquer amea�a � vida, torna-se urgente e necess�ria a consolida��o de nossa sociedade democr�tica por meio da instaura��o da cultura da paz.