Dois dias depois da assinatura do decreto de interven��o federal na Seguran�a do Rio de Janeiro, uma rebeli�o se instaurou na Penitenci�ria Milton Dias Moreira, em Japeri, na Baixada Fluminense. O motim come�ou por volta das 17h e sete agentes da Secretaria de Administra��o Penitenci�ria (Seap) foram feitos ref�ns. At� o fechamento desta edi��o, �s 21h30, tr�s dos ref�ns tinham sido libertados e dois detentos foram baleados, mas sem risco de vida.

Agentes da Seap descobriram, ontem � tarde, que detentos da unidade iriam tentar fugir. Foi feita ent�o a contagem dos presos e, durante o procedimento, os servidores foram rendidos pelos criminosos que estavam com rev�lveres e pistolas. A pol�cia foi avisada da rebeli�o por uma liga��o de um detento de dentro do pres�dio, segundo fontes na Seap. Pouco antes das 21h, o Grupo de Interven��o T�tica (GIT) da Seap entrou na unidade para retomar o controle e houve a troca de tiros.

A rebeli�o mostrou uma lacuna que se criou no comando da �rea de Seguran�a P�blica do estado. Em um primeiro momento, as secretarias de Seguran�a P�blica (Seseg) e de Administra��o Penitenci�ria (Seap) n�o souberam como iriam proceder diante o fato, j� que, na sexta-feira, o decreto presidencial tinha passado o comando da �rea para o general do Ex�rcito Walter Souza Braga Netto, comandante Militar do Leste.

Inicialmente, as duas secretarias afirmaram que quem conduziria a negocia��o seria o interventor Braga Netto. No entanto, o CML informou que "como o Congresso Nacional n�o havia votado a interven��o federal, quem tinha por obriga��o conduzir a crise na cadeia era a Seap".

O secret�rio David Anthony Gon�alves Alves, que est� no comando da Seap h� pouco mais de um m�s, ent�o ativou o gabinete de crise no Centro Integrado de Comando e Controle. A PM enviou para o entorno da cadeia homens dos batalh�es de Choque, Bope e da Baixada, mas sem autoriza��o para entrar na unidade. S� quem pode dar essa permiss�o � o titular da Seap.

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