Na ala das baianas, uma das mais importantes de uma escola de samba, os homens tamb�m t�m espa�o garantido. Diferente do que ocorre na Marqu�s de Sapuca�, a regra permite a participa��o do sexo masculino na Intendente. No entanto, para que a escola n�o perca pontos, � necess�rio manter o m�nimo de 30 componentes nesta ala.

Paulo Ricardo Borges vestiu a fantasia de baiana, literalmente, e desfilou pela Independentes de Olaria. "Eu vejo de uma maneira muito natural. Afinal, n�o podemos esquecer que h� muitos anos eram os homens que sa�am vestidos de baiana durante os desfiles. Algumas pessoas estranham. N�o por preconceito. E sim, por desconhecer as regras", afirma.

Outro que vestiu a saia rodada foi o jovem Alison Castro, de 19 anos. Segundo ele, toda ajuda em favor da escola � bem-vinda. "Nossa escola perderia pontos se vi�ssemos com um n�mero abaixo do permitido. Como a regra tem essa brecha, a gente n�o pensa duas vezes. Esta � a segunda vez que saio de baiana. Na primeira, tamb�m foi de �ltima hora. Fa�o isso para ajudar os colegas, que d�o duro para colocar o carnaval na rua", diz.

Formada preferencialmente por senhoras, a ala das baianas foi introduzida nos desfiles durante a d�cada de 30. Trata-se de uma homenagem �s antigas 'tias' dos primeiros grupos de samba do Rio de Janeiro, no in�cio do s�culo 20. Na �poca em que o ritmo era marginalizado, eram elas que muitas vezes abrigavam os sambistas em suas casas.

Na d�cada de 1940, era comum que os homens desfilassem vestidos como baianas. Contudo, a pr�tica passou a ser proibida no Rio nos anos 1990. Somente em 2006 houve a libera��o nos grupos de acesso, a partir de uma interven��o da Associa��o das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro (AESCRJ). Vale lembrar que as fantasias das baianas contam pontos para o quesito Fantasia. J� o modo como desfilam conta pontos em Evolu��o. Apesar disso, toda escola deve se apresentar com um n�mero m�nimo de baianas, que varia de acordo com a s�rie de disputa da agremia��o.