Marielle Franco nasceu e foi criada no Complexo da Maré. Era socióloga e foi eleita vereadora da Câmara do Rio, em 2016, com 46.502 votos. Foi a quinta candidata mais votada na primeira eleição que disputou.
Aluna do Pré-Vestibular Comunitário da Maré, ela cursou a PUC-Rio com bolsa integral. Depois de se formar, fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Marielle tinha uma filha de 19 anos. Ela decidiu-se pela militância em Direitos Humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, durante tiroteio entre policiais e traficantes na Maré. Na Maré, coordenou a campanha eleitoral de Marcelo Freixo a deputado estadual.
Mais tarde, Marielle coordenaria a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado do deputado Marcelo Freixo.
No domingo, Marielle havia denunciado uma ação de policiais do 41º BPM (Irajá) na Favela de Acari. Segundo ela, moradores reclamaram da truculência dos policiais durante a abordagem na região. Ela compartilhou uma publicação do Coletivo Fala Akari no qual o 41º BPM foi chamado de "batalhão da morte". "É assim que opera a Polícia Militar do Rio de Janeiro e opera ainda mais forte durante a intervenção".
O deputado estadual Marcelo Freixo, companheiro de Marielle no PSol, comentou: "Não me cabe fazer esse tipo de suspeita. A polícia vai ter que investigar tudo. Vai ter que apurar os caminhos. A Prefeitura já tá aqui ajudando com as câmeras da CET-Rio. Tem caminhos pra desvendar isso. A gente sabe que quando a polícia quer ela é capaz de desvendar. A gente vai cobrar".