Dormindo no ponto

�nibus somem de algumas linhas, e Crivella amea�a liberar vans nessas rotas e at� fazer nova licita��o

Por ASSINATURA REP�RTER

Passageiros, como Robson (livro na m�o), dizem ser comum esperar mais de uma hora por um �nibus das linhas 366 e 398 para Campo Grande
Passageiros, como Robson (livro na m�o), dizem ser comum esperar mais de uma hora por um �nibus das linhas 366 e 398 para Campo Grande -

As longas viagens de casa at� o trabalho s�o um drama di�rio dos moradores de cidades grandes. Mas no Rio, n�o s�o apenas a dist�ncia e os engarrafamentos que contribuem para a demora na locomo��o. Passageiros reclamam que algumas linhas levam mais de uma hora entre um �nibus e outro, enquanto outras simplesmente foram extintas. Ap�s as reclama��es, o prefeito Marcelo Crivella afirmou ontem que estuda autorizar vans nas rotas em que os coletivos n�o s�o suficientes e at� abrir nova licita��o para escolha de empresas caso n�o chegue a um acordo com as atuais para colocar mais ve�culos em circula��o.

"Estamos n�o s� multando as empresas, mas conversando, tentando calcular uma tarifa justa. Onde os �nibus n�o est�o atendendo vamos liberar as vans. E, dependendo da situa��o, podemos licitar novas linhas de �nibus mais para frente, daqui a um ou dois meses. E vamos abrir n�o s� para empresas do Rio, mas de outros estados e at� internacionais", disse Crivella, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo.

Dentre as linhas que foram extintas est�o a 581 (Leblon x Cosme Velho) e 582 (Leblon x Urca). J� a 366 e a 398, que ligam Campo Grande ao Centro, contam com �nibus que demoram mais de uma hora para passar, segundo os passageiros. Segundo o estudante de direito Robson Santos, os problemas de atrasos acontecem durante todo o dia. "Eu estou esperando h� 40 minutos pelo �nibus, mas ainda n�o tem previs�o de chegada. Quando a gente reclama, eles dizem que s� tem um ve�culo fazendo o servi�o, ou seja, temos que esperar o transporte ir at� Campo Grande e depois voltar", relatou.

VE�CULOS VELHOS

Outra reclama��o constante � com rela��o ao estado de conserva��o dos ve�culos. "Essa linha 366 � uma vergonha, a gente fica muito tempo esperando pelo �nibus e durante a viagem n�o � raro ele quebrar, s� tem ve�culo velho. De manh�, pra vir de Campo Grande para o Centro, � quase imposs�vel. Uma solu��o � o fresc�o, mas � muito caro, custa R$ 14. Se for depender dessa linha s�o tr�s horas de viagem, tanto pra ir quanto para voltar", relatou o comerciante Cl�udio de Menezes, que mora na Zona Oeste.

Procurado pela reportagem, o Rio �nibus preferiu n�o se manifestar sobre as declara��es do prefeito de que poderia abrir licita��o, mas justificou a situa��o de algumas linhas. Segundo o sindicato, as linhas 366 e 398 est�o com o funcionamento prejudicado devido � "maior crise j� vista no setor", resultado do "congelamento das tarifas". J� com rela��o �s linhas 581 e 582, que foram extintas, o Rio �nibus afirmou que "acionou um plano de conting�ncia ap�s o encerramento das atividades S�o Silvestre no fim de 2017", mas que o projeto tamb�m foi "limitado devido � crise do setor".

Na entrevista, Crivella criticou ainda o sistema de concess�o das linhas de �nibus por cons�rcios. "Com esse modelo, temos o risco do monop�lio. Mas a situa��o est� sendo monitorada e, em breve, no pr�ximo m�s ou um pouco mais teremos uma solu��o. As empresas n�o t�m mais poder pol�tico como anteriormente. A vit�ria da lei do trocador � uma prova disso. A classe pol�tica e a ger�ncia t�cnica � que t�m voz de mando", declarou o prefeito.

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