Tiroteio entre ladr�es e escolta de comandante de batalh�o da PM deixa mulher baleada

Quatro homens em duas motos roubaram um motociclista na Avenida Francisco Bicalho no momento em que uma escolta � paisana da PM levava o comandante do 4� BPM

Por RAFAEL NASCIMENTO

Carro usado pelos policiais ficou com marca de tiros
Carro usado pelos policiais ficou com marca de tiros -

Rio - Um tiroteio na Avenida Francisco Bicalho, próximo da Rodoviária Novo Rio, em São Cristóvão, Região Central do Rio, deixou uma mulher que estava em um ponto de ônibus baleada, na manhã desta sexta-feira. A troca de tiros aconteceu entre uma escolta da PM que levava o comandante do 4º BPM (São Cristóvão) e criminosos que roubaram uma moto na via.

Segundo informações, quatro homens em duas motos roubaram um motociclista, que era seguido desde a Avenida Brasil. Uma escolta à paisana da PM que levava o comandante do 4º BPM (São Cristóvão) percebeu a ação e deu dois tiros de advertência. Os criminosos revidaram, atingindo o carro em que estavam os policiais e iniciando a troca de tiros. O veículo com blindagem que conduzia o tenente-coronel Ari Jorge dos Santos foi atingido duas vezes no para-brisa. Ninguém no automóvel ficou ferido.

Um dos bandidos abandonou a moto que havia sido roubada e foi resgatado pelos comparsas. Um deles foi baleado na perna, mas ninguém foi preso até o momento. A mulher baleada, identificada como Jozimara S. Anunciação, de 42 anos, foi socorrida para o Hospital Municipal Souza Aguiar. De acordo com a Secretaria de Saúde, ela está fora de risco.

Marca de sangue ficou na calçada após o tiroteio - Severino Silva

Titular da 17ª DP (São Cristóvão), Marcus Antônio Neves explicou que a ocorrência foi registrada como latrocínio tentado. "Temos informações de que os bandidos são da favela da Mangueira. Durante o inquérito, vamos tentar identificar os autores do crime e pedir a prisão deles", completou.

O local onde a vítima foi atingida, em frente a um sinal de trânsito, ficou marcado por muito sangue. A assistente administrativa Luana Lavatori, de 35 anos, estava em prantos com toda a cena. Paulista, ela mora na Ilha do Governador e desce na região diariamente para pegar um segundo ônibus para o trabalho. A situação violenta traz lembranças dramáticas. 

"Essa situação para mim é muito triste. Perdi meu pai baleado há três anos em São Paulo em uma tentativa de assalto em Itaquera. Abordaram meu pai e na hora que ele pegava o celular atiraram nele. Até hoje não tivemos Justiça. Pego ônibus ali todo dia e fico com medo do que possa acontecer, ninguém imagina que vai ter um tiroteio em um ponto de ônibus", disse, chorando muito.

"Estamos largados, nas mãos de Deus. Pagamos impostos e os políticos não fazem nada. É triste, uma senhora estava indo trabalhar e ser vítima dessa barbaridade. Saímos de casa todo dia e não sabemos se vamos voltar. Tenho um filho de 3 anos e antes de sair peço a Deus para que nada aconteça a mim e ao meu marido", falou.

Por conta da ocorrência policial, uma faixa da pista lateral da Avenida Francisco Bicalho, no sentido Cidade Nova, ficou interditada. Os reflexos chegaram na Avenida Brasil e na descida da Ponte Rio-Niterói.

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Carro usado pelos policiais ficou com marca de tiros Severino Silva / Agência O Dia
Marca de sangue ficou na calçada após o tiroteio Severino Silva

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