A fam�lia do padeiro Jos� Janu�rio de Ara�jo, morto aos 69 anos h� pouco mais de uma d�cada, registrou queixa na 59� DP (Duque de Caxias), pelo suposto desaparecimento dos seus restos mortais no Cemit�rio Nossa Senhora das Gra�as (Tanque do Anil). A filha de Jos�, a corretora de im�veis Gleyci Ara�jo, alega que segunda-feira parentes foram pagar a taxa de manuten��o da sepultura (de quase R$ 400), localizada em uma gaveta da parte vertical no alto do cemit�rio, mas n�o acharam o t�mulo.
"Um descaso. Desrespeito total. Estamos indignados e exigimos a locali��o da ossada", desabafou Gleyci, explicando que os ossos do pai estavam h� quatro anos no cemit�rio, transferidos de outro.
At� o fechamento desta edi��o, o DIA n�o conseguiu contato com a dire��o da Concession�ria AG-R EYE Obelisco Servi�os Funer�rios Ltda, que administra o cemit�rio e outros quatro na cidade. Em v�deo obtido pela reportagem, gravado por familiares do padeiro na hora em que foram cobrar explica��es, uma funcion�ria do cemit�rio argumentou que "cabem �s fam�lias saber onde ficam t�mulos".
"Como, se sumiram com a identifica��o?", rebateu Gleyci, afirmando que funcion�rios sugeriram que ela abrisse gavetas para tentar localizar os ossos do pai. "Recusei. � crime".
A 59� DP registrou o caso como destrui��o, subtra��o e oculta��o de cad�ver, que prev� reclus�o e at� tr�s anos e multa. A pol�cia apura ainda den�ncias de que haveriam outras ossadas sumidas em consequ�ncia do temporal que fez desmoronar parte dos t�mulos em fevereiro. No dia 27 daquele m�s, a chuva provocou cenas de horror: ossos humanos e peda�os de caix�es se espalharam na Rua Marechal Bento Manoel, causando consterna��o e pavor. Na �poca, a Prefeitura de Caxias multou a concession�ria AG-R EYE.