Com pre�os altos, cariocas j� estocam alimentos

Carrefour limita compras a cinco unidades por produto. Verduras sumiram e Ceasa tem 95% das lojas fechadas

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Greve de caminhoneiro, falta de produtos no CEASA , Principal ponto de abastecimento do Rio,Foto Severino Silva Agencia O Dia -

Al�m das verduras que j� desapareceram dos mercados, legumes e frutas tamb�m come�aram a ficar escassos � medida que os pre�os disparam. Na Ceasa, principal central atacadista do Grande Rio, 95% dos estabelecimentos ficaram fechados ontem. "Acabou, n�o temos mais o que fazer", disse o presidente da Associa��o Comercial dos Produtores e Usu�rios da Ceasa Grande Rio e S�o Gon�alo (Acegri), Walter Lemos.

Lemos diz que alguns clientes j� deixaram de comparecer ao local porque acreditam que n�o encontrar�o produtos. "� um preju�zo incalcul�vel. H� 28 anos na presid�ncia da Acegri � a primeira vez que passo por isso", garante.

Nos supermercados, alguns cariocas, assustados com a possibilidade de desabastecimento, j� procuram encher os carrinhos para estocar alimentos em casa. A Associa��o de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) disse que grandes redes de supermercados, com galp�es pr�prios, ter�o mais facilidade para enfrentar a greve, mas pequenos varejistas podem ter problemas, sobretudo com alimentos perec�veis.

A rede Carrefour estabeleceu, em todo o Brasil, um limite de aquisi��o de cinco unidades de um mesmo item por compra. Grandes redes, como Hortifruti e Extra, colocaram placas com avisos sobre a dificuldade de reposi��o de determinados produtos. A Rede Mundial tamb�m informou ter dificuldades na reposi��o de produtos frescos nas prateleiras.

As feiras livres eram as �nicas alternativas para encontrar ainda algumas verduras frescas, mas eram raras. "V�rias barracas sumiram. Acabou que s� comprei coentro e salsinha. Desisti da batata, a R$ 9 o quilo fica dif�cil", disse a empregada dom�stica Vera Dias, 47, em uma feira de Copacabana.

No Mundial, da Rua Riachuelo, no Centro, a aposentada Terezinha de Jesus Fran�a, de 77 anos, reclamava tamb�m dos pre�os. "A batata aqui est� 5,98, mas era R$ 3. Vou levar mesmo assim. Tomate tamb�m est� quase R$ 9. O aposentado Adenor Mendes, de 65 anos, conta que comprou mantimentos suficientes para 15 dias. "Moro sozinho, ent�o n�o preciso de muito. Agora estou tranquilo", afirmou.

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Greve de caminhoneiro, falta de produtos no CEASA , Principal ponto de abastecimento do Rio,Foto Severino Silva Agencia O Dia Severino Silva
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Greve dos caminhoneiros afeta distribuição de produtos na Ceasa Severino Silva / Agência O DIA
Numa feira em Copacabana, Vera Dias s� comprou salsinha e coentro Ma�ra Coelho / Ag�ncia O Dia
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