O ex-prefeito Eduardo Paes e o deputado federal Pedro Paulo (ambos do PMDB) foram julgados ineleg�veis por 8 anos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) ontem. A condena��o foi por abuso de poder pol�tico-econ�mico e conduta vedada a agente p�blico por utilizarem como plano de governo, na campanha eleitoral de 2016, o Plano Estrat�gico Vis�o Rio 500, contratado por R$7 milh�es pela Prefeitura do Rio quando eram prefeito e secret�rio.

Os pol�ticos tamb�m ter�o que pagar, cada um, multa de R$ 106,4 mil. Eles podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. Ajuizada pela coliga��o Mudar � Poss�vel (Psol/ PCB), por Marcelo Freixo e Luciana Boiteux (que concorreram juntos a prefeito e vice), a a��o contesta que a contrata��o do planejamento estrat�gico para per�odo posterior ao fim do mandato de Paes tinha a finalidade de servir ao plano de governo de Pedro Paulo. O Vis�o Rio 500 estabeleceu metas para o munic�pio at� 2065.

"A gravidade das circunst�ncias encontra-se sobejamente demonstrada por interm�dio da estreita correla��o entre a contrata��o e elabora��o do plano 'Vis�o Rio 500', sob a coordena��o do investigado Pedro Paulo com a anu�ncia do investigado Eduardo Paes, e a posterior utiliza��o de tudo o que foi produzido na campanha eleitoral dos investigados", afirmou o relator, desembargador eleitoral Ant�nio Aur�lio Abi-Ramia Duarte.

A a��o havia sido julgada improcedente pela 176� Zona Eleitoral, em agosto. Em rela��o � candidata a vice na chapa de Pedro Paulo, Maria Aparecida Campos Strauss, que era citada, foi mantida a extin��o do processo.

Em nota, Paes e Pedro Paulo disseram que receberam com respeito, mas com surpresa a decis�o, "pois a senten�a do juiz eleitoral e os pareceres do Minist�rio P�blico foram a favor da absolvi��o de ambos". Ressaltaram que o Plano Estrat�gico � de dom�nio p�blico e sempre esteve acess�vel a qualquer candidato. Os dois ir�o recorrer da senten�a.