Rio - Na onda do Carnaval, o bloco pioneiro da reciclagem, o 'Vagalume o Verde', ganhará uma exposição no Galpão das Artes, da Comlurb, na sexta-feira, com as peças e alegorias feitas a partir de materiais reaproveitados. Os famosos bolsões de coleta, que ficam espalhados pelo cortejo, onde foliões depositam as latinhas e garrafas d'água, também ficarão expostos. No último desfile, foram quase meia tonelada de alumínio coletado e doado para cooperativas de reciclagem.

Em parceria com a Comlurb, o bloco recebe resíduos sólidos, como tecido e plástico, que são coletados do lixo domiciliar, para confecção do estandarte e fantasias deste ano. O figurino da foliã de destaque do Vagalume neste Carnaval, que está sendo criado com restos de embalagens, também irá para exposição. Além do reaproveitamento, o bloco que circula no Horto, no Jardim Botânico, compensa o impacto do desfile no meio ambiente com a plantação de mudas nativas da Mata Atlântica.

"Temos a conscientização ambiental. Gostaríamos que, um dia, todos os blocos e as escolas de samba aderissem a essa dinâmica que o Vagalume foi pioneiro, desde 2005, quando iniciamos o projeto", destacou Hugo Camarate, fundador do bloco. O desfile, pela Rua Jardim Botânico em direção à Praça Santos Dummont, na Gávea, será às 10h, na terça-feira de Carnaval.

A exposição do bloco carnavalesco estreia na quinta-feira, só para convidados, e ficará aberta ao público a partir de sexta, das 9h às 17h. A mostra termina em 30 de março. O Galpão das Artes Urbanas Helio G. Pellegrino fica na Avenida Padre Leonel Franca s/nº, na Gávea, embaixo do Viaduto Lagoa-Barra. A entrada é gratuita.

Artista faz decoração com lixo

Para quem gosta de apreciar arte com criatividade, não pode deixar de conferir também a exposição do artista Elias Antoine, que reutiliza materiais descartados, como garrafas de vidro, madeira e embalagens, e os transforma em objetos decorativos.

A mostra 'Tempo de Reciclar', que ficará exposta junto com as peças do bloco 'Vagalume o verde', no Galpão das Artes, terá diversas peças confeccionadas a partir de bobinas de papelões. "Quis mostrar uma arte mais conceitual, então criei objetos usando como base os rolos que encontrei no Pólo Têxtil, no Rio Comprido, que seriam jogados no lixo", disse Elias, que coletou 300 bobinas do local.