Orienta��o nutricional desde cedo

Por Luiz Martins L�der do PDT na Alerj

-

Uma li��o imprescind�vel n�o foi ainda aprendida pela maioria das escolas. N�o se pode negligenciar a import�ncia da educa��o alimentar na inf�ncia e na adolesc�ncia, e a maioria falha na hora de dar a orienta��o correta aos estudantes. O aprendizado deveria come�ar pela pr�pria montagem dos card�pios oferecidos �s crian�as e aos adolescentes, mas nem todas as unidades procuram o assessoramento de nutricionista. A consequ�ncia � que os alunos n�o se alimentam corretamente e ainda levam para a sua vida adulta esses maus h�bitos.

A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) fez um alerta recentemente que repercutiu pouco na m�dia brasileira: at� 2022 o problema da obesidade infantil no mundo vai superar o da fome. O dado estarrecedor � fruto de estudo feito pelo respeitado Imperial College de Londres. A mesma pesquisa concluiu que nas �ltimas quatro d�cadas o n�mero de meninos e meninas obesas aumentou dez vezes. A tend�ncia mundial n�o � muito diferente da realidade brasileira e da do Estado do Rio, onde o problema j� foi constatado em diversos levantamentos, inclusive pelo IBGE.

Para muitos, essa � apenas uma quest�o de est�tica, mas o excesso de peso n�o est� relacionado apenas � forma f�sica. O problema evidencia uma alimenta��o extremamente cal�rica, com muito a��car, carboidratos e gorduras. Com o tempo, aumenta o risco de doen�as como diabetes, hipertens�o e diversos problemas cardiovasculares. Diversos tipos de c�ncer tamb�m s�o potencializados pelo sobrepeso.

Apesar da gravidade do quadro, tanto na rede p�blica quanto na privada faltam profissionais qualificados para indicar os alimentos mais saud�veis para compor os card�pios. Com isso, as refei��es das merendas ou vendidas nas cantinas acabam n�o sendo devidamente balanceadas. Cuidados com o armazenamento, manuseio e preparo e outras orienta��es t�cnicas tamb�m s�o deixados de lado. A falta de conscientiza��o me levou a apresentar na Alerj projeto de lei que torna obrigat�ria a presen�a de nutricionistas nas escolas. O texto j� est� em vigor atrav�s da Lei 7.846/2018. Temos que fiscalizar seu cumprimento daqui para frente.

� evidente que n�o � necess�rio que cada escola contrate um nutricionista permanente, mas no m�nimo deve receber esse assessoramento que pode ser at� compartilhado por v�rias unidades. O importante � que a alimenta��o siga os preceitos cient�ficos corretos e que contribua para a forma��o de cidad�os saud�veis e conscientes de como a comida pode ajud�-los a viver plenamente.

Galeria de Fotos

Eug�nio Cunha, professor e jornalista, colunista do DIA Divulga��o

Coment�rios

�ltimas de Opini�o