Por dentro do desfile

A partir das 22h30 de hoje, a Marquês de Sapucaí volta a ser o maior palco da festa mais popular do mundo. Seis das 13 agremiações da Série A, o Acesso, darão o pontapé no Carnaval 2018

Por O Dia

A rainha de bateria da Acadêmicos do Sossego, Maryanne Hipólito, está ansiosa para estreia no posto na Sapucaí
A rainha de bateria da Acadêmicos do Sossego, Maryanne Hipólito, está ansiosa para estreia no posto na Sapucaí - Isabela Ganhitas/Divulgação

Rio - Alô povão, agora é sério! Chegou a hora! A partir das 22h30 de hoje, a Marquês de Sapucaí volta a ser o maior palco da festa mais popular do mundo. Seis das 13 agremiações da Série A, o Acesso, darão o pontapé no Carnaval 2018. E a briga promete ser acirrada, já que apenas uma conseguirá a tão sonhada vaga no Grupo Especial. Com promessa de belos carnavais, pela Avenida vão desfilar hoje a Unidos de Bangu, Império da Tijuca, Acadêmicos do Sossego, Unidos do Porto da Pedra, Renascer de Jacarepaguá e Estácio de Sá. Com regras diferentes do ano passado, em que não teve rebaixamento no Grupo Especial, o Acesso receberá duas escolas neste ano.

E a agremiação com menor pontuação da Série A cai para o B.

Estácio de Sá

Madrinha de Bateria da Estacio de Sá, Leticia - Luiz Eduardo/ Divulgação
Logo_Estacio_de_Sa - Reprodução

Horário: 2h15

Enredo: No Pregão da Folia sou Comerciante
da Alegria e com a Estácio Boto Banca na Avenida

Compositores: Alexandre Naval, Filipe Medrado,
Luiz Sapatinho, Pelé, Thiago Sousa,
Rodrigo Armani e Diego Tavares

Raiou o esplendor de um novo dia

A melhor mercadoria tenho aqui pra ofertar

Eu sei, tudo tem o seu preço

Ganhei o teu apreço, vim de além mar

Do escambo nasce a união

E o nativo é protetor do nosso chão

Vi nesta cidade a negra força que lutou por liberdade

Nas aquarelas de Debret, ser vendedor é uma arte

Quem vai querer? Quem quer comprar?

Tem alegria, amor, pode chegar (bis)

De porta em porta levo o meu tesouro

Sou o povo! Sou Estácio de Sá!

O imigrante com esperança aportou

Trabalhador, braço forte da nação

E no "me dê me dá", comércio popular

Na feira livre tem desconto pra você

E no "me dá me dê , no "toma lá, dá cá"

Bom e barato tem de tudo pra vender

Eu sou mercador dessa folia

Sambista de "berço ", de corpo e alma

Na era da modernidade

Sou tradição, uma escola de verdade

Bota banca na avenida meu Leão

Bate no peito, desce o São Carlos

É meu orgulho maior "Deixa Falar"

Pra sempre vou te amar!

Acadêmicos do Sossego

Casal de porta bandeira Jhony Matos Cassiane Figueiredo - Academidos do Sossego/Divulgacão
Logo_Academicos_do_Sossego - Reprodução

Horário: 0h

Enredo: Ritualis

Compositores: Felipe Filósofo, Ademir Ribeiro,
Sérgio Joca, Orlando Ambrósio, Macaco Branco,
Mário da Vila Progresso, Pacote, Xandinho Nocera, Fabio Borges, Ivan Câmara e Bertolo

Os acordes da lira

No santuário da vida

Do sono profundo à imortalidade

Ó natureza, a cada colheita, fertilidade

Aliança aos filhos de Abraão

Alvorada oriente em oração

Ó cordeiro de Deus

Reino do céu, Reis dos Judeus

Labaredas de fogo, Lua cheia, heresia

Entre a cruz e a espada, Sabá, bruxaria

Sangue, sacrifícios, crânios no altar

Culto ao sol banho de rosas, maracá

Espíritos da floresta, feiticeiros

Corpo e alma em equilíbrio, curandeiros

Negra magia, ogans, mambus

Atabaques, raízes vodus

A saia na gira, cintilante azul

Velas brancas para o Cruzeiro do Sul

Brasil, mas tolerância

Súplica de esperança

Mensagem de Olorum

Lágrimas de Oxalá nesse chão

Proteção do povo de Aruanda

Lavagem pra festa profana

Moringa água de cheiro, arruda e guiné

Mães de santo na avenida, Axé

Salve, São Sebastião! Oxóssi caçador!

Sossego, ritual de amor!

Sossego, ritual de amor!

Renascer de Jacarepaguá

Renascer de Jacarepaguá - Divulgação
Logo_Renascer-de-Jacarepagua - Reprodução

Horário: 1h30

Enredo: Renascer de
Flechas e de Lobos

Compositores: Claudio Russo,
Moacyr Luz e Diego Nicolau

Eu vou pedir à iluminada lua

Que no azul flutua, pra compreender

Minha floresta, mãe de toda mata

Já é madrugada, o dia vai nascer

O uirapuru em sua cantoria

Faz a harmonia pra chamar de amor

Já vai bem longe, o cururu vigia

Outra melodia pro compositor

Yara segue o som da corredeira

O boto traz a sedução

Cobra coral no pé da bananeira

Alma brasileira, anunciação

Ô ô ô pela flor do buriti

Uma cuia de açaí

No igapó do tracajá

Ô ô ô pelos olhos de Tupã

A beleza de cunhã

Afinando o sabiá

As Bachianas são ubirajaras

Imaginando um coral de sacis

Sob o céu repleto de araras

Vitória rege a orquestra de tupis

Festa na aldeia o índio pede bis

Laiá laia Sou de flecha

Laiá laiá de tacape e cocar

Ao bailar a batuta do maestro

Renasce a tribo Jacarepaguá

Canoeiro, canoeiro

O velho candeeiro alumia

Villa-Lobos, brasileiro

Faz da Renascer a sua sinfonia

Afinando o sabiá

As Bachianas são ubirajaras

Imaginando um coral de sacis

Sob o céu repleto de araras

Vitória rege a orquestra de tupis

Festa na aldeia o índio pede bis

Laiá laia Sou de flecha

Laiá laiá de tacape e cocar

Ao bailar a batuta do maestro

Renasce a tribo Jacarepaguá

Canoeiro, canoeiro

O velho candeeiro alumia

Villa-Lobos, brasileiro

Faz da Renascer a sua sinfonia

Império da Tijuca

Império da Tijuca - Divulgação
Logo_Imperio_da_Ttijuca - Reprodução

Horário: 23h15

Enredo: Olubajé,

um banquete para o rei

Compositores: Márcio André, Elson Ramires,
Núia Rodrigues, Paulo Lopita 77
e Samir Trindade

Quando Nanã gerou

Entregou seu filho a Yemanjá

Com todo amor ela cuidou

E lhe curou, na imensidão do mar

Salve o esplendor brilhante da manhã

Do filho iluminado de Oxalá e Nanã

Ele voltou

Caçador, feiticeiro e bom de guerra

Batizado, Senhor do Sol e da Terra

Obaluaiê Jêjê Nagô, é Oluaiê, chama e calor

A cura de todo mal cobriu na palha

Pode ter fé a magia do veho não falha

Sapaktá tribo dos ancestrais

Reinam mães senhoras e os orixás

Ossain nas folhas o poder

Iroko, Yewa, Arroboboi Oxumarê

Eu quero ver Omulo dançar

No Opanijé com o seu xaxará

Tem pipoca no alguidar, mandigueiro

Sinfornia imperial chegou no terreio

Atotô baluaiê meu pai vem nos valer

O banquete para o rei vamos te oferecer

Espelho de gente guerreira

Que dá o suor na labuta, e faz Olubajé

No Império da Tijuca

Araloko, Araloko Pajuê

Ê Pajuê ê Pajuê

Vem o Morro da Formiga,

vem pra vencer

Unidos do Porto da Pedra

Porto da Pedra 2017 - Paulo Portilho/ Riotur
Logo_Porto_da_pedra - Reprodução

Horário: 0h45

Enredo: Nas Ondas da Emoção,
o Tigre Coroa As Divas da Canção!

Compositores: Bira, Oscar Bessa, Duda Sg, Márcio Rangel, Alexandre Villela, Guilherme Andrade, Adelyr, Bruno Soares e Rafael Raçudo

Vem reviver

Tempos de glamour e de fascinação

No ar, a magia de uma nação

Sonhos de feliz cidade

Num rio de saudades mergulhei

E encontrei lindas melodias

Onde a poesia fez morada

A realeza embalava

Um repertório de amor

Corações arrebatou

A alma do Brasil ecoou, reluziu

Ao som da Rádio Nacional

Paixão sem igual

Que nos encantou, sintonizou

Ah! Tão belas vozes em notas musicais

Imortais

Rainhas que o povo escolheu pra amar

E a vida inteira adorar

Um súdito aos teus pés eu sou

No meio da rua cantando eu vou

Ao baile da consagração

Ser mais um fã em devoção

Meu Porto da Pedra num cortejo triunfal

Faz o seu carnaval

São dez estrelas a brilhar

Nas ondas da emoção

Meu tigre vem coroar

As divas da canção

UNIDOS DE BANGU

Lexa na Unidos de Bangu - REPRODUÇÃO
Logo_Unidos de Bangu - Reprodução

Horário: 22h30

Enredo: A Travessia da Calunga Grande e

a Nobreza Negra no Brasil

Compositores: Diego Nicolau, Dudu Senna, Richard Valença, Renan Diniz, Orlando Ambrósio, Rafael Tinguinha, Rafael Prates,
André Kaballa, Marcio de Deus, Washington Motta e Ivan Câmara

A linda lua de África

Vai refletir, na tura pele (negra)

Somos herdeiros do Alafin de Oyó

O elo maior com a natureza

Olhar de serpente, nobreza da raça

Que quebra a corrente

E não se entrega não

Tem a valentia de um leão

Brilhou

Nos olhos o fogo ancestral

Aluminando o ritual

O céu e o mar, Orum e Aiyê

Se unem pra te proteger

Ôôôô Calunga é dor

É um clamor por piedade

Ê maré! Que dança

Ê maré! Balança o tumbeiro

Velho prisioneiro da desigualdade

(oceano inteiro é pranto de saudade)

O brado de Agotime ecoava

Rainha, Mãe Naê do Agongonô

Galanga virou Chico-Rei

Palmares é o meu Ylê

Tem festa no quariterê

Seguindo em devoção eu vou

Ao ébano altar da "Ginga"

Toque de cabaça enfeitiçado

Eu quero ver o negro ser coroado

No porão da fé ôôô

Leva Afefé, meu afã (pro mar)

E eterniza esse canto Yorubá

Eabadeiaia

Iaia Aiê Eabadeiaia eiaiá

Eabadeiaia

Iaia Aiê Eabadeiaia Bangu vai cantar!

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A rainha de bateria da Acadêmicos do Sossego, Maryanne Hipólito, está ansiosa para estreia no posto na Sapucaí Isabela Ganhitas/Divulgação
Unidos de Bangu Divulgação

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