01 de janeiro de 1970
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SOMOS PAIS... NÃO SOMOS BANQUEIROS

Por O Dia

Saiu uma boa notícia para ser comemorada, literalmente, com reserva. Cresceu o percentual de pais que guardam dinheiro para os filhos. Eles eram 42% no ano passado e subiram para 59% este ano, segundo levantamento da Boa Vista SCPC. Desses pais que guardam dinheiro para os filhos, 61% escolhem a caderneta de poupança para economizar; 8% economizam para os filhos aplicando em previdência privada; 7% aplicam em fundos de renda fixa ou ações na Bolsa de Valores; e 6% preferem títulos de capitalização.

A MELHOR DAS PIORES APLICAÇÕES

Está (quase) tudo certo aí nessa pesquisa porque a poupança é de fato o primeiro estágio de um aprendizado financeiro antes de se desenvolver uma disciplina econômica. Ela é, sim, recomendada como proteção ou segurança para o dinheirinho que vai aparecendo inicialmente, em especial aquele do primeiro salário proporcionado pela primeira carteira de trabalho. Nesse sentido, a caderneta vale a pena, mesmo sendo no máximo a melhor das piores aplicações, adequada para ser usada como reserva para improvisos, imprevistos, urgências ou emergências.

Você já aprendeu aqui: poupar, guardar ou acumular é o ponto de partida para produzir reserva; só depois, é preciso "investir" para construir riqueza. Poupar é um ato de preservação; "investir" é uma atitude de risco o que não significa que poupar é uma coisa boa e investir é uma coisa ruim (mas essa é uma outra história).

O que a pesquisa não diz e eu digo e repito é o seguinte: não cabe aos pais só ficar guardando dinheiro para os filhos; também cabe aos pais ensinar os filhos e conscientizar os filhos sobre a responsabilidade "deles" com as finanças pessoais e familiares. Para nos respeitar e respeitar o dinheiro, os filhos precisam nos ver como PAIS, e não como BANQUEIROS.

Ninguém ama os banqueiros.