Seguran�a em Copacabana ser� refor�ada com 240 PMs e guardas

Prefeitura vai investir R$ 800 mil por m�s no 'Rio Seguro'. Programa vai come�ar neste domingo

Por JONATHAN FERREIRA

roubos valendo
roubos valendo - arte o dia

A Prefeitura do Rio estipulou o prazo de 20 dias para acabar com o comércio ambulante irregular nas calçadas e reduzir os índices de violência dos bairros de Copacabana e Leme. A promessa foi feita pelo secretário municipal de Ordem Pública (SEOP), Paulo César Amendola, durante a assinatura do decreto que criou o projeto Rio Seguro, ontem pela manhã, no Palácio da Cidade. O programa, que entrará em vigor neste domingo, prevê o reforço de 240 agentes nas ruas, sendo 120 guardas municipais e 120 PMs, que serão pagos pela prefeitura para trabalhar nas folgas. O investimento será de R$ 800 mil por mês. Parte dos recursos serão custeados pelo Fundo de Ordem Pública.

De acordo com Amendola, como Leme e Copacabana possuem movimentada vida noturna, a prefeitura atuará durante 24 horas. "O programa será permanente, descontínuo, diuturno e vai funcionar nessa integração com a polícia preventiva e a polícia civil até o momento em que os infratores resolverem parar de agir. Quando eles (criminosos) saírem nós reduziremos o efetivo e partiremos para outras áreas", prometeu.

Além da atuação em conjunto da PM e da GM no patrulhamento, o programa Rio Seguro prevê o monitoramento dos bairros por meio das 54 câmeras do Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR) e a troca de informações entre os agentes da GM que atuam no Núcleo de Videopatrulhamento e os investigadores da 12ª DP e 13ª DP, que ficam em Copacabana. O monitoramento dos bairros já havia sido intensificado em julho deste ano, conforme O Dia noticiou. "Quando se recebe esse aporte na segurança, temos mais condições de combater os delitos. A Guarda Municipal entra nesse projeto de integração podendo nos ajudar nos inquéritos com informações", ressaltou o delegado Gabriel Ferrando, titular da 12ª DP. Os dados de inteligência também serão compartilhados com investigadores da Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat).

A área de atuação dos agentes será definida conforme a mancha criminal dos bairros registrada pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Os agentes serão monitorados por meio do GPS dos seus celulares e serão deslocados para as ocorrências de acordo com a sua localização. Através dos smartphones, os agentes irão receber informações em tempo real sobre as operações e a foto dos suspeitos.

Segundo o prefeito Marcelo Crivella, Copacabana e Leme foram escolhidos para receber o projeto piloto para atender uma demanda dos moradores e pela quantidade de turistas que circulam na região. Ele comentou que o aumento no valor do IPTU contempla o projeto. "Amanhã quando chegar o carnê (do IPTU), teremos a consciência que esses recursos estão sendo gastos com a nossa segurança e segurança das nossas crianças e de nossas famílias", disse Crivella, que prometeu expandir o programa para outros bairros. Segundo o prefeito, lâmpadas LED que filmam rosto de suspeitos serão adquiridas.

 

Morador pede a amplia��o do programa

O Secret�rio municipal de Assist�ncia Social e Direitos Humanos, Pedro Fernandes, ressaltou que ser� criado um mutir�o que ir� atuar pelo menos uma vez por semana no acolhimento de pessoas em situa��o de rua na Zona Sul e no Centro. A vice-presidente do Conselho Comunit�rio de Seguran�a de Copacabana, �ngela do Rio elogiou a iniciativa. "As pessoas est�o meio desacreditadas, mas eu acho que ao longo do tempo, vendo o resultado do programa, o impacto ser� muito bom. O bairro vai voltar a ter a vida noturna que sempre teve. Hoje em dia quando voc� sai � noite, est� deserto, com as pessoas trancadas dentro de casa".

A aposentada Marli da Luz Furtado, 71, elogiou o programa. "Copacabana est� precisando de refor�o policial, pois est� muito violento � noite. Mas os bairros do Flamengo e Largo do Machado tamb�m precisam ser contemplados", cobrou. A dom�stica Araci dos Santos, 70, disse que deixou de sair � noite em Copacabana.

O comerciante Antonio Foicinh, 55, concorda que os bairros carecem de outros servi�os. "N�o somos contra os ambulantes, eles precisam trabalhar. A prefeitura tem que conservar as cal�adas, que est�o esburacadas", reclamou. J� a dom�stica Cleibiane Cavalcanti, 30, pediu a amplia��o do programa. "Todos os bairros precisam de patrulhamento. S� temos a sensa��o de seguran�a durante grandes eventos", reclamou.

Galeria de Fotos

Cleibiane Cavalcante passeia com seu filho Calebe pela orla de Copacabana. Local: Avenida Atlantica. Foto: Daniel Castelo Branco / Ag�ncia O Dia Daniel Castelo Branco / Ag�ncia O Dia
Segundo o prefeito, Copacabana e Leme foram escolhidos para receber o projeto piloto para atender demanda de moradores e turistas Daniel Castelo Branco / Ag�ncia O Dia
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