A pol�mica capital de Donald Trump
Decis�o de reconhecer Jerusal�m como sede de Israel contraria d�cadas de diplomacia e acirra �nimos
Por O Dia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu ontem Jerusal�m como capital de Israel. A decis�o hist�rica contraria sete d�cadas de diplomacia americana e amea�a desencadear uma escalada de viol�ncia no Oriente M�dio.
"� hora de reconhecer oficialmente Jerusal�m como a capital de Israel", declarou o l�der americano da Casa Branca, considerando este passo como "condi��o necess�ria para conseguir a paz".
Trump tamb�m determinou a transfer�ncia da embaixada americana de Tel Aviv para a disputada cidade, o que n�o tem data para ocorrer. Jerusal�m abriga lugares sagrados das tr�s grandes religi�es monote�stas e � igualmente reivindicada por israelenses e palestinos.
Para Mahmud Abbas, presidente palestino, os EUA perderam seu papel hist�rico de mediador da paz.
O Hamas, movimento islamita palestino que controla a Faixa de Gaza, declarou que a decis�o de Trump "abriu as portas do inferno".
O reconhecimento da capital foi uma promessa de campanha � Presid�ncia, apoiada por crist�os evang�licos e por judeus de direita, em cumprimento a uma lei de 1995.
Os sucessivos presidentes americanos, de Bill Clinton a George Bush, adiaram a cada seis meses a mudan�a por motivos de "seguran�a nacional". "Muitos presidentes disseram que fariam algo e n�o fizeram nada", indicou Trump, em pronunciamento.
O l�der americano afirmou ainda que a medida reflete o fato de que Jerusal�m Ocidental continuar� sendo parte de Israel sob qualquer acordo e que os EUA n�o est�o se pronunciando sobre qualquer "problema de status final, inclu�das as fronteiras impugnadas".
Ele tamb�m anunciou uma viagem do vice-presidente Mike Pence � regi�o nos pr�ximos dias.
REA��ES
L�deres da Ar�bia Saudita, do Egito, da Jord�nia, da Uni�o Europeia, da Fran�a, da Alemanha e da Turquia haviam advertido Trump contra a medida.
"N�o pude calar minha profunda preocupa��o", disse o Papa Francisco.
A Turquia qualificou a decis�o de "irrespons�vel" e ilegal, enquanto a Jord�nia disse que era "uma viola��o do Direito Internacional". Os dois pa�ses convocaram reuni�es de emerg�ncia. A ONU far� o mesmo amanh�.
Centenas de palestinos queimaram bandeiras americanas e israelenses e fotos de Trump na Faixa de Gaza. Na Cisjord�nia, confrontos j� come�aram. Foram convocados tr�s dias de protestos "de f�ria".
O lado oriental de Jerusal�m foi tomado por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. O pa�s reivindicou os dois lados da cidade como sua capital. J� os palestinos querem que o local seja a capital do futuro Estado que aspiram.