Crise? Ou corre��o tempor�ria de uma moeda virtual err�tica? O bitcoin despencava ontem quase t�o abruptamente como subiu nas �ltimas semanas, sem que especialistas soubessem explicar o fen�meno. A mais famosa das criptomoedas patinava em US$ 13 mil d�lares, enquanto na segunda-feira batia US$ 20 mil.

O bitcoin, que n�o parou de crescer depois de come�ar 2017 em torno de US$ 1 mil, perdeu cerca de um quarto do valor em uma semana. Ou o equivalente ao dobro da capitaliza��o de mercado do grupo L'Or�al, por exemplo.

A corre��o � particularmente brutal, mesmo para uma moeda virtual acostumada a fortes varia��es, e escapando das estruturas monet�rias tradicionais.

Ao contr�rio do d�lar ou do euro, o bitcoin n�o � emitido por bancos centrais, mas � "extra�do", ou criado, de forma descentralizada, por computadores que usam algoritmos complexos para produzir uma cadeia de blocos de transa��es codificadas e autenticadas (a chamada "tecnologia blockchain").

A bolsa de transa��es de bitcoin Coinbase foi obrigada a anunciar ontem que, "devido ao forte volume, a venda e a compra podem estar indispon�veis on-line", embora tenha prometido restaurar as opera��es o quanto antes".

Na quarta-feira, sua estrela come�ou a perder o brilho depois de informa��es de um ataque hacker a uma plataforma de negocia��o de criptografia na Coreia do Sul, Youbit.

Inseguran�a

Na quinta-feira, Haruhiko Kuroda, governador do Banco do Jap�o, importante mercado de bitcoin, considerou o aumento espetacular da moeda como "anormal". A isto se somam os recorrentes boatos sobre a cria��o de outras criptomoedas concorrentes e das rivalidades entre "mineiros".

Para os especialistas, nada disso � suficiente para explicar sua queda repentina. "Parece que � hora de os investidores aproveitarem os lucros e gast�-los no Natal", brincou Neil.