Seja muito bem-vindo ao planeta Rio de Janeiro

Por O Dia

Coluna Vinho Sem Mistérios, dia 22 de janeiro de 2018
Coluna Vinho Sem Mistérios, dia 22 de janeiro de 2018 - Divulgação

Este artigo é uma homenagem aos dois "sebastiões" que inspiraram o pré-nome do Rio de Janeiro: o rei de Portugal da época da fundação, (1565) e o santo homônimo, que quase dois anos depois "foi visto no mar", ao lado dos portugueses, em batalha que expulsou os franceses da Baía de Guanabara.

E assim começou a crescer esta "vila planetária", que como toda cidade tropical à beira-mar é sensual, mágica, meio solta. Gulosa. Pudera! Encubadora dos mil brasis que amanheciam, a cidade fez-se metrópole lambida pelo Atlântico, untada pelo azeite do português, ardendo em pimenta africana. E nessa fabulosa sinergia cresceu uma culinária variada, colorida, feita da vitória sobre a escassez e da permanente criatividade com a qual o que sobrava na mesa do branco era reorganizado na mesa do negro.

Mas o Rio-Gourmet nasceu mais tarde, em 1861, quando o Barão de Mauá instalou na cidade a primeira Fábrica de Gaz, oferecendo uma alternativa à lenha. Aí tiveram início as noitadas gastronômicas regadas à cerveja preta portuguesa, vinho do Porto, vermute e licores franceses.

Depois vieram os portugueses (1974) que promoveram um upgrade na culinária lusa, até então mais voltada para o paladar dos imigrantes do primeiro e segundo pós-guerra, que matavam saudades da "terrinha" com sardinhas, chouriços, bacalhau e vinho verde. A seguir, os italianos com algo melhor do que macarrão, pizzas e tarantelas. Com a porta aberta, os japoneses também desembarcaram com os seus sushis e sashimis.

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