Recibos 'ideologicamente falsos'

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Por O Dia

Lula será julgado dia 24
Lula será julgado dia 24 - Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Força-Tarefa da Lava Jato pediu ao juiz Sergio Moro que reconheça que os recibos entregues pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comprovar aluguel do imóvel vizinho à sua residência em São Bernardo em face do engenheiro Glaucos da Costamarques são "ideologicamente falsos".

Lula é réu em ação penal que investiga se um terreno em São Paulo onde seria sediado o Instituto Lula, no valor de R$ 12 milhões, e o apartamento vizinho ao do ex-presidente, em São Bernardo, no Edifício Hill House (R$ 504 mil) seriam formas de pagamento de vantagens indevidas da empreiteira. A força-tarefa sustenta que o ex-presidente nunca pagou pelos imóveis até 2015. Investigação foi aberta sobre comprovantes de aluguel entregues pelo petista.

"Diante das tão clamorosas evidências da falsidade ideológica dos documentos impugnados neste incidente, ora destacadas, compreende-se por que a defesa do arguido, como é visível, tenha ido construir a fantasiosa e inverossímil versão sobre o 'encontro' dos recibos em sua residência, que não convence ninguém (...), sendo irretorquível que o arguido fez uso de recibos ideologicamente falsos, documentos que foram ardilosamente produzidos para dar falso amparo à simulada locação, que é um dos expedientes de dissimulação da real propriedade do apartamento n. 121", diz o texto.

O ex-presidente apresentou os recibos de pagamento assinados por Costamarques em setembro. Parte do material tem os mesmos erros gramaticais e há datas nos documentos que não existem no calendário, como "31 de novembro".

Advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins manifestou-se em nota. "O MPF abusa do direito de acusar e reforça a prática do 'lawfare' contra Lula", ponderou.

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Lula será julgado dia 24 Marcelo Camargo / Agência Brasil
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