Cultura em Movimento no terminal de Nova Iguaçu
Projeto vai estimular a leitura durante as viagens de ônibus. Passageiros poderão pegar livros emprestados, fazer trocas ou doações no local
Por O Dia
Os passageiros de ônibus que partirem ou chegarem ao terminal de Nova Iguaçu terão agora uma atração cultural: a leitura durante a viagem. O projeto "Cultura em Movimento", que começou a funcionar há três dias, permite que os passageiros peguem livros emprestados ou troquem os seus pelos disponíveis em uma cabine montada no local.
O projeto, de iniciativa da Transportes Flores, estimula a leitura e permite que qualquer pessoa participe do projeto. É uma espécie de biblioteca no terminal rodoviário. Para retirar um livro basta preencher nome e endereço de e-mail. O passageiro pega um livro emprestado e devolve assim que acabar de ler para que outras pessoas também possam se beneficiar.
Além de pegar um livro emprestado, é possível ainda trocar os livros na cabine: basta pegar um exemplar e deixar outro livro no lugar.
O "Cultura em Movimento" funcionará em uma cabine de ônibus adaptada especialmente para o projeto, que será itinerante. Pelos próximos três meses, a cabine ficará na rodoviária de Nova Iguaçu.
De acordo com PNAD/IBGE, a média de tempo no trânsito na região metropolitana do Rio de Janeiro é de 52 minutos para o trajeto casa-trabalho e esse tempo poderá ser preenchido com a leitura de um livro. "Gosto de ler e todos os dias faço o trajeto até a Central, fico quase duas horas dentro do ônibus. Vai ser muito bom poder trocar uns livros que já li e pegar outros. Quero fazer doações também porque achei o projeto muito legal", disse a estudante de direito, Ana Carolina, 22.
Os livros que estão na cabine foram doados por colaboradores, parceiros da empresa e pelas editoras Arqueiro, Folio Digital, Hexus, Arquimedes e Sextante. Ao todo são cerca de 700 obras da literatura infantil aos clássicos.
"Tem muitos livros na minha casa que o meu filho não gosta mais. Como eu quero incentivá-lo a ler eu vou trazer e trocar por outros", disse André dos Santos, morador do Bairro da Luz.