Parada do Orgulho LGBTI re�ne milhares na Zona Sul

Participantes pediram respeito e amor. PM reprimiu focos de confus�o na Avenida Atl�ntica

Por O Dia

Rio - Mais de 800 mil pessoas est�o reunidas em Copacabana, na Zona Sul do Rio, para a 22� Parada do Orgulho LGBTI - l�sbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexuais, desde o come�o da manh� deste domingo. Seis trios el�tricos percorrem a Avenida Atl�ntica desde �s 16h. Os presentes pediram respeito � diversidade e fizeram protestos contra o presidente Michel Temer e o prefeito Marcelo Crivella. Entre as atra��es est�o as cantoras Daniela Mercury, Valesca Popozuda, Preta Gil e Pabllo Vittar. 

P�blico da Parada Gay fez protesto e pediu respeito � diversidadeJonathan Ferreira / Ag�ncia O Dia

Elan Barreto, montado em uma perna de pau, pediu mais amor e respeito. "Essa, mais do que nunca, � a parada da resistencia. Precisamos acabar com todas as formas de intoler�ncia", disse.

William Mazzani veio de Belo Horizonte com amigos para participar do evento. "Viemos para apoiar a causa. A nossa luta � por liberdade de express�o e respeito. Apesar do discurso, alguns focos de viol�ncia foram registrados e rapidamente desfeitos pela Pol�cia Militar, que usou spray de pimenta. 

William veio de MG para curtir o eventoJonathan Ferreira / Ag�ncia O Dia

No alto de um dos trio el�tricos, a cantora Pabllo Vittar fez cr�ticas aos 'brig�es'. "Queremos respeito meu amor, se a gente quisesse brigar, n�o estar�amos aqui", disse, para o del�rio do p�blico. Marina Paix�o veio curtir a festa com a filha e amigos. Ela disse que o evento � importante para refor�ar a "necessidade de um mundo livre de preconceito".

"Historicamente, somos uma resist�ncia. O Brasil n�o tem uma pol�tica p�blica de fato para a popula��o LGBT. A homofobia � um fato. Praticamente a cada dia morre um homossexual v�tima de homofobia no pa�s. Se existimos, de alguma forma, � uma resist�ncia�, disse o presidente do Grupo Arco-�ris, Almir Fran�a. De acordo com ele, a expectativa � reunir at� 1 milh�o de pessoas no evento. A PM n�o divulgou estimativa de p�blico.

Marina Paix�o falou em necessidade de um mundo livre de preconceitosJonathan Ferreira / Ag�ncia O Dia

De acordo com a arquiteta Luiza Schreier, o evento � fundamental para manter a resist�ncia. "Acho que a sociedade tem evolu�do, mas ainda h� muito o que melhorar. Temos que evoluir Ainda mais", avaliou. Ela disse que o Brasil ainda est� muito atrasado se comparado a outros pa�ses nas quest�es ligadas ao movimento LGBTI.
O comerciante Ricardo Medeiros foi vestido de Carmen Miranda. Na avalia��o dele, o mundo precisa de mais amor e menos preconceito. "Os direitos s�o iguais para todos. Precisamos de um mundo mais humano.

Comerciante se vestiu de Carmem MirandaJonathan Ferreira / Ag�ncia O Dia

Segundo os organizadores, a parada leva para as ruas pessoas que lutam por direitos iguais, que combatem a intoler�ncia, o preconceito e o �dio, dando voz a quem viveu muito tempo � margem da sociedade.

Este ano, houve incerteza sobre a realiza��o da parada por falta de recursos financeiros para viabilizar trios el�tricos e atra��es art�sticas.

Parada LGBTI reuniu milhares em CopacabanaT�nia R�go / Agencia Brasil

De cadeiras de rodas por causa de um acidente vascular cerebral, Silvina Correa Fernandes, de 87 anos, foi assistir � parada levada pelo filho Osvaldo Ara�jo, de 52 anos, e seu marido Andr�, com quem est� casado h� 26 anos. �Eu sempre venho, eu gosto. Tem que apoiar, n�? Meu filho � uma maravilha�, disse Silvina.

Segundo Ara�jo, sua m�e sempre o apoiou e fica feliz em participar do evento. �A parada � importante para mostrar que todos somos iguais. N�o tem diferen�a. Trabalho, pago meus impostos, tenho direito como qualquer outra pessoa�, contou o professor.

Acompanhada do marido, a psic�loga M�nica Ribeiro, de 46 anos, disse ser importante que a sociedade civil esteja presente na parada. �� importante esse tipo de ocupa��o, esse tipo de resist�ncia. Apoio qualquer tipo de diversidade, as diferen�as. Sou completamente a favor da diversidade, cada um tem direito de amar quem quiser�.

Com informa��es da Ag�ncia Brasil

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