Justiça determina que hospital mantenha transplantes renais

Funcionários alegam não haver profissionais suficientes para realizar todos os procedimentos

Por Agência Brasil

Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza
Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza - Divulgação

Fortaleza - A Justiça Federal no Ceará expediu liminar obrigando o Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza, a manter o serviço de transplante renal, ameaçado pela falta de equipe médica para realizar as cirurgias.

A decisão atende a ação civil pública da Defensoria Pública da União no Ceará (DPU), que recebeu denúncia da Associação dos Pacientes Renais do Estado do Ceará sobre o risco de os procedimentos serem interrompidos por não haver profissionais da saúde especialistas em transplante de rins.

A liminar, deferida pelo juiz da 8ª Vara Federal Ricardo Cunha Porto, autoriza que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o hospital universitário, contrate profissionais com experiência em transplantes renais sem concurso ou licitação, até que haja uma solução definitiva para a situação.

“O periculum in mora [perigo da demora, em tradução literal] é patente, seja porque muitos órgãos aptos à cirurgia se perderão, seja porque os pacientes que os aguardam podem vir a óbito com a procrastinação da cirurgia”, ressalta o juiz na liminar. 

A decisão judicial determina um prazo de 30 dias para que a medida seja tomada, mas considera os prazos e compromissos assumidos pela Ebserh em novembro de 2017 durante audiência de conciliação. Um desses compromissos é a publicação até esta sexta-feira de um chamado de seleção pública para contratar médicos especialistas em transplante renal.

Em nota, a Ebserh informou que ainda não foi notificada oficialmente da liminar. O Hospital Universitário Walter Cantídio é vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC).

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