In�cio da pris�o de Lula ainda n�o tem data, mesmo com habeas corpus negado

Tr�mites e recursos processuais est�o no caminho da�condena��o

Por Ag�ncia Brasil

Lula participou de ato suprapartidário em defesa da democracia no Centro do Rio esta semana
Lula participou de ato suprapartidário em defesa da democracia no Centro do Rio esta semana -

Brasília - Com a rejeição do habeas corpus preventivo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esgota as possibilidades de recorrer contra sua eventual prisão. Apesar de a Corte ter negado o pedido, Lula não deve ser preso imediatamente.

É preciso que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pela condenação na primeira instância, emita um mandado de prisão.

Há ainda trâmites processuais pendentes no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), segunda instância da Justiça Federal com sede em Porto Alegre, o que pode retardar a ordem de prisão.

A defesa de Lula já declarou que quer apresentar um novo recurso contra a rejeição do primeiro embargo pelos desembargadores da Oitava Turma do TRF-4. Os advogados têm 10 dias corridos a partir da publicação do acórdão – que ocorreu no dia 27 de março - para abrir a intimação sobre o resultado, e mais dois dias úteis de prazo para entrar com o novo recurso: prazo que vai até 10 de abril.

A interpretação é que se este recurso, denominado embargos dos embargos declaratórios, não for julgado, o processo ainda não teve a tramitação esgotada no TRF-4, o que impede a execução provisória da pena. O costume no TRF-4 tem sido o de negar rapidamente, por considerar esse tipo de recurso protelatório.

Juiz Sérgio Moro diz que "generosidade de recursos" é aproveitada pelos "poderosos" em entrevista à TV Cultura. - Reprodução/ TV Cultura

Mandado de prisão

Porém, o juiz Sérgio Moro pode entender que a negativa do primeiro embargo, pelos desembargadores, já encerrou a possibilidade de recursos e decretar a prisão. No passado, Moro já proferiu decisões com ambos entendimentos.

Se o TRF-4 negar os embargos antes de uma decisão de Moro, o tribunal deve comunicar ao juiz para que ele possa expedir o mandado de prisão contra o ex-presidente. Somente com uma ordem de Moro é que Lula poderá ser preso.

Caso isso ocorra, o mais comum é que ele seja levado para alguma carceragem no Paraná, estado de origem da 13ª Vara Federal – que determinou a condenação e onde Lula deve cumprir, em regime inicial fechado, a pena de 12 anos e um mês estipulada pelo TRF-4 em janeiro.

Não há data de sessão no plenário para analisar auxílio-moradia - Nelson Jr./Divulgação STF

Novos recursos

Uma vez encerrada a tramitação na segunda instância, a defesa de Lula pode entrar, no prazo de 15 dias, com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a condenação.

Nessa nova apelação, na qual não haverá reexame de provas, mas somente a análise sobre a legalidade do julgamento, os advogados podem pedir efeito suspensivo da condenação. O resultado pode ocasionar a soltura de Lula caso ele já esteja preso.

Os advogados podem ainda entrar, paralelamente e no mesmo prazo, com outro recurso, dessa vez chamado extraordinário, no próprio STF, contestando irregularidades de natureza constitucional.

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Lula participou de ato suprapartidário em defesa da democracia no Centro do Rio esta semana Alexandre Brum
Juiz S�rgio Moro diz que "generosidade de recursos" � aproveitada pelos "poderosos" em entrevista � TV Cultura. Reprodu��o/ TV Cultura
Plenário do Supremo Tribunal Federal Nelson Jr. / STF

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