Mãe, atriz, empoderada e cheia de opinião! Sheron Menezzes rouba a cena como Gisele, grande vilã da novela Bom Sucesso, da Globo. Aos 35 anos, ela festeja a volta ao trabalho após dar à luz Benjamin, de 1 anos e 10 meses, conta o que mudou em sua rotina e alerta sobre relacionamentos abusivos como o de sua personagem com Diogo (Armando Babaioff) na trama das 19h. Confira!
Sheron, como tem sido viver Gisele, a grande vilã de 'Bom Sucesso'?
Tem sido uma delícia, porque ela é uma grande cara de pau, uma mulher de duas caras e dissimulada. Eu não diria que ela é ruim, mas que tem como combustível suas ambições. Ela quer ser reconhecida. O problema é que, nesse meio tempo, acaba se perdendo e cometendo os maiores desatinos por amor. A Gisele é uma grande amiga da chefe (Nana, vivida por Fabiula Nascimento), só que tem um caso com o marido dela (Diogo, Armando Babaioff), numa relação extremamente tóxica.
É seu primeiro trabalho depois de se tornar mãe do Benjamin, de 1 anos e 10 meses. O que mudou?
Tive o privilégio de viver um pouco mais de um ano exclusivamente para ele. Só que quando ele estava com 1 ano e 5 meses, tive de cortar o cordão, que não é fácil, mas necessário. Foi no tempo certo. Estava com muita saudade e vontade de trabalhar. Nunca fiquei tanto tempo parada.
E como tem sido essa aventura da maternidade?
Deliciosa! Eu sou mãe raiz, de casa mesmo. Não tenho babá, por opção, mas conto com uma rede de apoio muito importante: minha mãe, sogra e, claro, o papai dele (Saulo Bernard). É uma força-tarefa. Queria viver intensamente essa maternidade. Eu sou uma mãe controladora, chilete. Extremamente grudenta. Eu quero ter mais filho, mas agora não. Ainda não durmo direito. Preciso, primeiro, voltar a dormir.
O que ele puxou de você?
O que temos de mais parecido é o gênio. Ele é bem genioso. Mas eu já deixo claro para ele que a autoridade da casa sou eu (risos).
Em quais pontos a Gisele tem te surpreendido no decorrer da trama?
Eu fico chocada com as coisas que ela diz. Acredito que o público tem aprovado a personagem porque ela tem um toque de humor. Acho que, em algum momento, as mulheres possam se identificar com a Gisele porque ela sofre por amor dentro da vilania dela. Ela sofre e, às vezes, dá até para entender as atitudes dela."
A Gisele é mulher sensual? Como é o romance dela com o Diogo?
Eles têm uma coisa de pele, transam dentro da copa, ao lado da mulher dele, na sala da chefe. Não existe pudor. Eles têm uma cara de pau, uma falta de medo, ao mesmo tempo acho que é isso que excita o casal. O Diogo gosta de tê-la e acredito que seja capaz de descartá-la, se começar a mexer em seus planos. Ela vai perceber isso em algum momento e, provavelmente, isso vai mexer com ela a ponto de se sentir descartável.
A parceria entre você, Armando Babaioff e Fabíula Nascimento em cena tem agradado o público. Como tem sido essa troca nos bastidores?
Minha relação com o Baba é incrível, somos amigos há muitos anos e, quando existe a admiração, tudo fica mais fácil e gostoso. Gosto muito do que ele faz e temos uma química muito boa como amigos e, agora, como casal. Estou muito feliz! Nunca tinha trabalhado com a Fabíula, me identifiquei demais com ela: somos duas sulistas, extremamente diretas, que falam o que pensam e estamos neste clima. Estou satisfeita! É um elenco que estou muito feliz de estar.
Você defende a máxima de que vale fazer tudo por amor?
Eu não defendo tudo por amor, não. É preciso estar atento aos amores tóxicos, mas quando a gente está neste caminho, não percebe. Sempre precisa que alguém te alerte para sair. A Gisele não tem amigos, então como vai sair dessa? Ela só tem o Diogo.
Como foi a transformação do seu cabelo?
Agora está super claro, né? Vim de uma novela de época. Ele estava preto, então mantive. Estava sem química e eles vieram com esta proposta para dar uma quebrada nos personagens. Eu achei ótimo! Agora estou com uma franja que eu não tinha, sempre usei o cabelo de lado, uso muito preso, com a franja, que deixa com a cara mais esnobe. Queria ficar com o cabelo mais solto.
A rotina mudou muito dentro de casa com a sua volta ao trabalho?
Um pouco. O Benjamin aprendeu a falar 'mãe', então toda hora ele me chama. Sou praticamente uma teta ambulante (risos). Ele gosta de ir para a escolinha, então fico de manhã com ele, dou um beijo de despedida, ele fala 'tchau' e sai. Aí, eu venho para o trabalho.
Dá um aperto no peito esse momento de despedida?
Não, sabia? Eu gosto porque o vejo feliz e fico bem. Na creche, tem câmeras em todos os lugares e fico acompanhando pelo celular. As pessoas ficam brincando comigo que sou doida por ficar vigiando, mas é tão gostoso vê-lo brincando no parquinho e fico tão feliz. Tivemos tanto tempo juntos e agora era necessário esse afastamento natural para os dois. Foi mais difícil para mim porque é só falar a palavra 'parquinho' que ele fica muito feliz.
Você é uma mãe desencanada?
Super! Certo dia perguntaram em um shopping se o Benjamin era nosso primeiro filho. Respondi que sim. Aí, a pessoa comentou que deixávamos ele no chão. A gente deixa ele engatinhar pelo chão do shopping inteiro.
Você conseguiu recuperar sua forma bem rápido, né?
Eu só engordei 8 kg. Tive o Benjamin com 38 semanas, mas logo que nasceu eu já perdi 6 e os outros 2 continuam aqui, mas tudo bem (risos). Antes, eu fazia exercícios duas ou três vezes por dia porque eu gostava. Agora faço agachamento o dia inteiro ao pegar o filho no colo. Mas eu consigo, ao menos, uma vez por dia fazer algo. É um momento prazeroso meu. Fico feliz por fazer algo para mim como muay thai, balé fitness, corrida e pilates. Eu gosto disso, é prazeroso e gostoso. Senão a gente não se cuidar... Aliás, quando eu falo 'se cuidar' não é querer ficar magra, mas voltar o olhar para mim mesma. Não sou radical não... se me chamar pra uma pizzaria, eu vou sem culpa. Compensação é a palavra chave.