A vendedora de empadas Carla dos Santos, de 37 anos, voltou a ter esperanças de rever suas três filhas, após o caso do assassinato do pastor Anderson do Carmo. As meninas foram adotadas pela deputada federal Flordelis dos Santos, em 2007.
Carla perdeu a guarda das meninas após ser presa por furto. Na época, duas de suas filhas eram bebês e a mais velha tinha 10 anos. Carla afirma que deixou as crianças somente sob a guarda da deputada, mas assinou um papel de doação definitiva sem saber do que se tratava.
A adoção das três crianças é relatada em um capítulo do livro ‘Flordelis: a incrícel história da mulher que venceu a pobreza e o preconceito para ser mãe de 50 filhos’, autobiografia da deputada e cantora gospel, lançada em 2011. Nela, Flordelis relata como encontrou as crianças na rua, abandonadas após a prisão de Carla. Ela conta que chegou a ir até o presídio Talavera Bruce, em Bangu, para legalizar a documentação do registro das crianças. Carla tinha sido condenada a seis anos de reclusão por furto.
“Cometi um erro, roubei azeite para tentar alugar um quarto com elas e fui presa”, contou. Na prisão, ela recebeu um oficial de Justiça. “Ele deu um documento com guarda provisória para assinar. Os nomes das minhas filhas estavam escritos com sobrenomes diferentes, mas assinei”.
Carla alega que somente ao ser levada para o tribunal, algemada para uma audiência, soube que se tratava de adoção. “Em frente ao juiz comecei a chorar. Contei que não queria dar as minhas filhas. A Flordelis se aproximou e disse que eu poderia encontrar minhas filhas depois e me daria um emprego”, contou. Em frente ao juiz, ela deu um longo abraço na sua filha de 10 anos. Foi o último. Segundo Carla, Flordelis nunca deixou que ela se aproximasse das filhas.
Já a deputada, em seu livro, diz que o último encontro com Carla foi na prisão, quando foi regularizar a documentação da adoção. Lá, teria ouvido da mãe biológica das crianças: “Eu as amo muito, mas não as quero mais. Sei que o melhor para elas é ficar com você, porque assim nunca terão a vida que eu tive e nunca vão parar em um lugar como este”.
Carla conta que tentou contato várias vezes com a deputada após ganhar a liberdade, mas nunca foi atendida. Vendendo empadas e livre dos vícios que possuía, ela quer pelo menos rever as filhas. Agora, procura orientação na Defensoria Pública do Estado.
Em julho, com a morte do pastor Anderson, Carla resolveu ir à Delegacia de Homicídios para relatar aos policiais sua situação. Foi na unidade policial que ela ficou sabendo que era avó e conheceu Elias Azevedo, que disse ser ex-marido da sua filha mais velha, Monique, atualmente com 22 anos. Elias também procurou a polícia, pois alega que não consegue contato com o filho.
A adoção das três crianças é relatada em um capítulo do livro ‘Flordelis: a incrícel história da mulher que venceu a pobreza e o preconceito para ser mãe de 50 filhos’, autobiografia da deputada e cantora gospel, lançada em 2011. Nela, Flordelis relata como encontrou as crianças na rua, abandonadas após a prisão de Carla. Ela conta que chegou a ir até o presídio Talavera Bruce, em Bangu, para legalizar a documentação do registro das crianças. Carla tinha sido condenada a seis anos de reclusão por furto.
“Cometi um erro, roubei azeite para tentar alugar um quarto com elas e fui presa”, contou. Na prisão, ela recebeu um oficial de Justiça. “Ele deu um documento com guarda provisória para assinar. Os nomes das minhas filhas estavam escritos com sobrenomes diferentes, mas assinei”.
Já a deputada, em seu livro, diz que o último encontro com Carla foi na prisão, quando foi regularizar a documentação da adoção. Lá, teria ouvido da mãe biológica das crianças: “Eu as amo muito, mas não as quero mais. Sei que o melhor para elas é ficar com você, porque assim nunca terão a vida que eu tive e nunca vão parar em um lugar como este”.
Carla conta que tentou contato várias vezes com a deputada após ganhar a liberdade, mas nunca foi atendida. Vendendo empadas e livre dos vícios que possuía, ela quer pelo menos rever as filhas. Agora, procura orientação na Defensoria Pública do Estado.
Em julho, com a morte do pastor Anderson, Carla resolveu ir à Delegacia de Homicídios para relatar aos policiais sua situação. Foi na unidade policial que ela ficou sabendo que era avó e conheceu Elias Azevedo, que disse ser ex-marido da sua filha mais velha, Monique, atualmente com 22 anos. Elias também procurou a polícia, pois alega que não consegue contato com o filho.
Em nota, a assessoria de imprensa de Flordelis afirmou que "a deputada criou os filhos da Carla com o mesmo carinho e atenção como criou todos os seus filhos. O que mais se diz sobre isso não é verdade e está fora do contexto dos dias de criação de crianças, que enfrentam problemas seja na adolescência, seja na juventude, como todas as demais crianças”.
Denúncia anexada ao inquérito
O depoimento de Elias Azevedo consta no relatório final da primeira fase do inquérito que apura o assassinato do pastor Anderson do Carmo. Elias relatou que não consegue ver o filho desde janeiro, após se separar de Monique.
Na denúncia à Justiça, o Ministério Público Estadual destacou uma parte em que Elias afirma ter ido até a residência de Flordelis para procurar o filho e foi agredido pelo pastor e alguns de seus filhos, entre eles Flávio dos Santos, assassino confesso do pastor.
“Ao chegar foi espancado por Anderson, Flávio, Carlos e outros familiares, fato que comunicou à Polícia Civil (...). Declarou que nessa ocasião Flávio portava um pistola preta e o ameaçou de morte”, diz trecho da denúncia.
Denúncia anexada ao inquérito
O depoimento de Elias Azevedo consta no relatório final da primeira fase do inquérito que apura o assassinato do pastor Anderson do Carmo. Elias relatou que não consegue ver o filho desde janeiro, após se separar de Monique.
Na denúncia à Justiça, o Ministério Público Estadual destacou uma parte em que Elias afirma ter ido até a residência de Flordelis para procurar o filho e foi agredido pelo pastor e alguns de seus filhos, entre eles Flávio dos Santos, assassino confesso do pastor.
“Ao chegar foi espancado por Anderson, Flávio, Carlos e outros familiares, fato que comunicou à Polícia Civil (...). Declarou que nessa ocasião Flávio portava um pistola preta e o ameaçou de morte”, diz trecho da denúncia.