A trajetória de uma das maiores estrelas do Brasil poderá ser acompanhada na TV Globo, a partir do dia 30. A série Hebe, que será exibida às quintas-feiras, vai mostrar desde o início da vida da apresentadora até o final dos seus dias.
Na pele da artista, as atrizes Andrea Beltrão e Valentina Herzage marcam os períodos de 1965 a 2012 e de 1943 a 1954, respectivamente. "A série é muito rica em acontecimentos da vida dela que a gente desconhece. Isso é uma surpresa. É a história de uma mulher solar, sincera, muito errada muitas vezes, mas bem-intencionada", detalha Andrea. "Hebe foi feita com muito carinho. Toda a equipe mergulhou profundamente na vida dela", completa Valentina.
Autora da série, Carolina Kotscho comenta como é levar para a TV a história de Hebe. "Eu já fiz algumas biografias. Sempre entro com uma curiosidade muito sincera e costumo me apaixonar pelos defeitos dos personagens. Eu imaginava que a Hebe tinha questões muito profundas, porque devia ser muito difícil ser mulher e ser artista nesse país na época em que ela começou, sempre obrigada a lidar com todo tipo de preconceito. Ao mesmo tempo em que ela conquistou um espaço, lidou com muitas críticas e agressões. E não se passa ileso por isso."
Hebe sempre foi uma mulher à frente de seu tempo, segundo o diretor Maurício Farias. "Hebe vivia, de certa forma, uma contradição, porque era uma mulher tão à frente de seu tempo e, no entanto, também sonhou em ser e representou uma mulher do seu próprio tempo — a dona de casa, a rainha do lar, essa 'madrinha do Brasil' que ela foi se tornando. Não é à toa que os programas da Hebe tinham um sofá no cenário, lembrando uma sala, uma casa. Acho que isso representa a Hebe em toda a sua complexidade e em toda a sua grandeza, com todas as suas fragilidades."