Freixo descarta concorrer ao governo em aliança que envolveria PT e PCdoB

Principal nome do Psol diz que partido precisa focar na bancada de deputados federais. Presidente do PT-RJ, Washington Quaquá reage: "Não se faz política para pensar em crescimento de partido"

Por PAULO CAPPELLI

Marcelo Freixo (Psol) descarta candidatura ao Palácio Guanabara em 2018
Marcelo Freixo (Psol) descarta candidatura ao Palácio Guanabara em 2018 -

Rio - Marcelo Freixo (Psol) se diz "honrado" com a iniciativa do PT e do PCdoB de apoiá-lo ao governo do estado, mas descarta uma aliança eleitoral em 2018. "Eu quero a unidade da esquerda, mas, por enquanto, essa unidade só é possível nas pautas. Em breve, espero que seja possível também nas eleições, mas não nesta de agora", diz o psolista, reforçando que o partido lançará o vereador Tarcísio Motta ao Palácio Guanabara. Freixo afirma que Motta é "um excelente candidato" e que não há ambiente para se discutir alianças eleitorais dias após a morte de Marielle.

Parlamentar mais votado da Assembleia Legislativa, Freixo avalia que sua candidatura à Câmara dos Deputados como puxador de votos será importante para que o Psol supere a cláusula de barreira. Partidos que não obtiverem 1,5% do total de votos válidos ou não elegerem ao menos nove deputados federais perderão o direito ao fundo partidário e propaganda no rádio e na TV. O Psol tem hoje seis parlamentares.

Proposta mantida

Presidente do PT-RJ, Washington Quaquá discorda de Freixo: "Não se faz política para pensar em crescimento de partido, mas para governar e mudar a vida do povo. Além disso, a melhor forma de o Psol ultrapassar a cláusula de barreira é tendo um candidato forte ao governo estadual. A nossa proposta está mantida."

Apelo

João Batista Lemos, presidente do PCdoB-RJ, endossa o posicionamento de Quaquá: "Vivemos uma situação muito grave no estado. A execução da Marielle, crise política e social... Pensamos que o Freixo pode unir forças pela salvação do Rio."

De casa nova

O ex-governador Anthony Garotinho assina hoje a sua filiação ao PRP. Levará consigo o deputado estadual Bruno Dauaire (PR) e o filho Wladimir Garotinho, que será candidato a federal. Garotinho, o pai, afirma que disputará o governo estadual com o apoio do Pros e do PPL. "É a frente 'Quero o meu estado de volta', que vai reviver o trabalhismo histórico contra a elite política que destruiu o Rio."

De casa nova 2

De acordo com Garotinho, Brizola Neto, de saída do PDT, migrará para o Pros e será o seu vice na chapa. Já a filha Clarissa Garotinho deixará o PRB de Marcelo Crivella e concorrerá à Assembleia Legislativa pelo Pros.

Intervenção

Após a intervenção federal na Segurança, foi a vez de o Detran intervir no posto de atendimento de Petrópolis. Onze funcionários foram demitidos por aprovar, nas vistorias, carros com vazamento de óleo e até com problemas no sistema de freio. Em parceria com o Ministério Público do Rio, o órgão apura se houve cobrança de propina. "O Brasil não suporta mais os jeitinhos", diz Vinicius Farah, presidente do Detran e criador do Detran Conduta.

Lava Jato

Nova operação da Lava Jato está prevista para os próximos dias no Rio. Não mira só a classe política.

Grave acusação

Ex-deputada estadual e ex-prefeita de Magé, Núbia Cozzolino postou vídeo no Facebook em que acusa integrantes da prefeitura de encomendarem o assassinato do suplente de vereador Paulo Teixeira, o Paulinho P9, morto anteontem. "O vice-prefeito (Vandro Família - PTdoB) é um miliciano, um assassino. Vocês (da prefeitura) são bandidos. E o Ministério Público não faz nada."

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