Andr� Ceciliano acredita que Alerj precisa de refor�o de policiais militares

Presidente em exerc�cio desde o afastamento de Jorge Picciani (MDB), Ceciliano concedeu entrevista para o Informe do DIA

Por Paulo Capelli

Andr� Ceciliano, presidente em exerc�cio da Alerj
Andr� Ceciliano, presidente em exerc�cio da Alerj -

Rio - Com o afastamento do presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani (MDB), de suas funções no Parlamento, André Ceciliano (PT) vem desempenhando o papel de chefe interino do Legislativo. Na avaliação de Ceciliano, a Alerj precisaria de um reforço de 15 policiais militares para satisfazer às necessidades de deputados após o desfalque de 87 por conta da determinação da Secretaria de Segurança, hoje comandada pela intervenção federal.

O DIA: O senhor defendeu uma união entre DEM e PT. O PT-RJ apoiaria Eduardo Paes (DEM) ao governo estadual, e o DEM-RJ apoiaria o candidato petista à Presidência. Mas o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, rebate essa possibilidade...

Grande parte do PT pode não aceitar, mas isso se constrói. Se pudermos fortalecer o palanque do Lula... O Rodrigo Maia (DEM-RJ) está fazendo um belíssimo trabalho na presidência da Câmara. Faço um apelo ao Rodrigo: que seja candidato a deputado federal para possibilitar, inclusive, um palanque mais forte para o Paes.

Após a devolução de 87 policiais militares pela Alerj, por determinação dos interventores federais que comandam Secretaria de Segurança, outros 58 ainda permanecem na Casa. Eles serão devolvidos?

Precisamos de um ajuste. Tem possibilidade de a Alerj abrir mão desses policiais, porque tem a estrutura de coordenadoria militar. Mas também há deputados que precisam de segurança e que nao ficaram com nenhum policial. Avalio que a Alerj poderia devolver 20, mas teria que trazer 35.

Mas aí aumentaria o efetivo na Alerj...

Isso. Em vez de devolvermos 87, como foi, precisávamos ter devolvido só 62.

Deputados criticaram a Secretaria de Segurança por cobrar, proporcionalmente, uma devolução maior dos PMs que atuam na Alerj, em relação ao cobrado do Ministério Público do Rio e ao Tribunal de Justiça...

A Alerj quer um tratamento equânime em relação ao TJ e MP. Na verdade, sempre é mais fácil você fazer disputa com o político. Mas a Assembleia é um poder e, como poder, a gente quer ser respeitado.

A base do governador Pezão na Alerj está rachada. Isso pode dificultar a aprovação das contas do governo referentes a 2017 e que deverão ser votadas pelo Plenário perto da eleição de outubro?

Pode. O governo precisa reorganizar a base. Ano eleitoral é sempre mais difícil. Tem partidos da base que terão candidato ao governo, como o PDT, o DEM... Tem ainda as questões regionais, às vezes o governo trata dois parlamentares de uma mesma cidade de forma diferente... isso faz perder votos.

O senhor quer continuar à frente da presidência da Alerj em 2019?

Não. Eu tenho juízo. Tem outros companheiros na fila. Eu respeito a fila.

André Corrêa (DEM)?

Ele é uma pessoa muito capaz. Poderia, sim, pleitear a presidência.

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