Rio - O julgamento sobre o destino de Lula mexe com manifestações de amor e ódio contra o petista. Para conter quem defende a liberdade ou prisão, a a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal (SSP/DF) e as forças de segurança do DF, além de representantes dos diversos movimentos populares, definiram fechamento de duas e do Eixo Monumental e o policiamento será reforçado no Supremo. Ontem, manifestantes tomaram as ruas de Copacabana para protestar em favor da ida do político para a cadeia.
Se nas ruas explodem protestos, o ministro Gilmar Mendes, mesmo longe do STF, ao chegar para o VI Fórum Jurídico de Lisboa, Portugal, ontem pela manhã, colocou mais gasolina no clima de combustão da Corte. O magistrado afirmou que a condenação de um ex-presidente é negativo para a imagem do país, ainda que possa "fortalecer" as instituições. Mendes, que votou em 2016 a favor da prisão na 2ª instância, já deixou claro que mudou de posição.
Do outro lado, a procuradora da República, Raquel Dodge, voltou a defender a prisão após a condenação em 2ª instância. Na abertura da sessão do Conselho Superior do Ministério Público, ontem, ela disse que a execução de uma pena após quatro instâncias é exagero que "aniquila o sistema de justiça".
Ativista em favor das prisões antes do trânsito em julgado, o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, dividiu opiniões ao anunciar jejum e orações durante a sessão do STF. Em entrevista à rádio "Jovem Pan", ele rebateu críticas de internautas que discordaram da mistura entre religião e política. No Twitter, o juiz federal Marcelo Bretas apoiou o ato.
Caro irmão em Cristo, como cidadão brasileiro e temente a Deus, acompanhá-lo-ei em oração, em favor do nosso País e do nosso Povo. https://t.co/Ubf4JErDXA
— Marcelo Bretas (@mcbretas) 1 de abril de 2018