Policiais civis vão à Justiça para barrar horas extras enquanto dívidas não forem quitadas

Ação proposta pelo sindicato da categoria pede que estado quite valores devidos de RAS aos agentes

Por PALOMA SAVEDRA

Polícia Civil
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Rio - Os policiais civis do Rio entraram na Justiça, nesta segunda-feira, para impedir o cumprimento obrigatório do Regime Adicional de Serviço (RAS) pela categoria enquanto as dívidas relativas ao programa não forem quitadas. Como a Coluna informou na última quinta-feira, o governo começará a convocar os agentes para as horas extras esta semana.

Na ação civil pública, proposta pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), a entidade pede ainda que o governo informe o débito que tem com a categoria e o pagamento integral da dívida.

Segundo o presidente do Sindpol, Marcio Garcia, o governo não havia encerrado as horas extras obrigatórias. Ele disse que o sindicato não foi à Justiça antes porque a categoria aguardava que os valores devidos fossem pagos, o que não ocorreu.

"O programa RAS jamais foi interrompido na Polícia Civil, mesmo com dívidas pendentes desde 2016. Estamos ajuizando ação na justiça para obrigar o estado a honrar esses débitos e impedir que novas escalas compulsórias sejam aplicadas enquanto os policiais não receberem todas as horas extras que fizeram e não receberam", declarou Garcia.

Em relação à Polícia Militar, não há dívidas. E a Secretaria de Segurança vai colocar, já nesta quarta-feira, mil militares em regime de hora extra nas ruas da capital, Baixada Fluminense, São Gonçalo e Niterói. O objetivo é que os PMs reforcem a segurança nas áreas com maiores índices de criminalidade. Quanto à Polícia Civil, a informação de fontes do estado é de que há valores residuais a serem pagos. A previsão é de que o débito será quitado em breve.

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