Rio - Ludmila (Laila Zaid) chega hoje em 'Orgulho e Paixão', da Globo, e promete fazer algumas mulheres da trama repensarem sua posição. Sofisticada, viajada e espirituosa, a escultora vive sempre de piteira na mão e na boemia. "Ela é f... É uma feminista, dona do próprio negócio, uma mulher à frente do tempo em todos aspectos. Ela só vai se casar se puder se divorciar, e na época só existia desquite; e a mulher não podia pedir. A Ludmila tem liberdade sexual, namora e transa antes de casar. Defende causas nas quais eu acredito. É contra o racismo e qualquer discriminação, é bem resolvida intelectualmente. Enfim, dá muito orgulho viver uma mulher assim", comemora Laila Zaid, aos 33 anos.
MODERNA
A forma libertária da personagem é um dos principais atrativos para que Elisabeta (Nathalia Dill) logo se identifique com a moça e as duas virem melhores amigas. Quem não gosta nem um pouco dessa aproximação é Ema (Agatha Moreira), por perceber que a "rival" tem mais em comum com a filha de Ofélia (Vera Holtz). Ema ainda implicará com o fato de Ludmila usar calças, que ao ver da moça, é um artigo que só homens deveriam usar.
"A Ludmila descobriu que a calça é mais confortável. E por que não? Ela não se submete às regras, ela as cria. Ela dirige, usa calça, fuma. Tomara que todo mundo goste", torce a atriz.
Distante das novelas desde 'Além do Horizonte', em 2013, Laila aproveitou esse tempo para fazer as séries 'Os Terminadores', da Band, e 'Insônia', do Canal Brasil, e o filme 'Tim Maia: Vale o que Vier'.
"Quando termino projeto, me dá muita vontade de fazer algo em outra área, termino novela dá vontade de fazer teatro ou cinema. E coloco muita energia para isso acontecer. Fazer novela é um processo intenso, longuíssimo, muito cansativo, puxado. Fico ausente, meus amigos falam que eu não existo quando faço novela", lembra, aos risos.
MATERNIDADE
Mãe de primeira viagem de Clara, de 1 ano e 4 meses, fruto do casamento com o economista Marco Kelson , Laila está se desdobrando para matar a saudade da filhinha.
"Estou ainda me entendendo como é ficar tanto tempo longe de casa. Às vezes, chego para gravar às 15h e saio uma 1h da manhã. A minha sorte é que a Clara tem um pai incrível, superótimo. A gente tem uma babá, que não tive no início. Sempre que posso, ligo e faço chamada de vídeo", diz.
Laila conta que, quando se tornou mãe, achou que daria um salto de amadurecimento. "Mas continuo a Laila de sempre", confessa, aos risos.
"Junto com a maternidade vem muitas expectativas. Algumas que a gente cria. Outras que colocam na gente. Li e leio livros sobre educação e ouço pitacos, mas no final aciono as minhas 'antenas' e faço o que acredito ser melhor para a minha filha", revela a atriz carioca.
"A expectativa gerada em cima da maternidade não é nem próxima da realidade. Quando está grávida, você se alimenta daquilo, consome e pensa nas imagens lindas. Mas é o caos, é duro. O meu processo de amamentação foi difícil. Meu peito empedrava o tempo inteiro. O amor incondicional é um amor construído. Não vem integralmente. Estou perdidamente apaixonada pela Clara, que é a minha razão de viver. É muito incrível acompanhar um ser humano e poder guiá-lo", derrete-se Laila, toda orgulhosa.
Se ela pensa em aumentar a família? "Ser filho único não é ideal, até porque irmão, e eu tenho um, é a melhor coisa do mundo. Mas vamos com calma", confessa, aos risos.
