Sim, n�o tem jeito, em tempos de juros baixos, os ganhos ser�o menores. E n�o haver� mal algum nisso, enquanto a infla��o tamb�m estiver bastante reduzida. Considerando somente os dados oficiais, temos hoje uma taxa anual de juros de 6,75% (pela Selic do BC) e uma taxa anual de infla��o que n�o chega a 4% (pelo IPCA do IBGE). Um menos o outro - como me ensinou Tia Yolanda, l� na Escola Municipal Su�cia, at� hoje escondidinha num canto do Engenho da Rainha - o resultado � igual a... 2,75%.
� pouco? �. Mas a vida fica melhor, para todo mundo, numa economia de indicadores est�veis, principalmente se esses indicadores s�o os juros e a infla��o. Nesse caso, o valor nominal do que voc� recebe de rendimentos � menor, sim, por�m, o valor real pode at� ser maior. Por exemplo: quando a Selic estava em 14,25% era poss�vel obter rendimentos de 12% - mas, olha a� de novo a Tia Yolanda: 14,25% menos 12% � igual a... 2,25%.
Repara que, no final do primeiro par�grafo, o resultado � igual a 2,75%. No segundo, o resultado � igual a 2,25%. Isso � s� para ajudar voc� a entender que, num ambiente financeiro onde os juros s�o baixos, � natural que os rendimentos tamb�m sejam baixos. Mas h� uma diferen�a entre rendimentos nominais e rendimentos reais - como espero ter conseguido esclarecer.
Daqui para a frente, o que importa � saber quais s�o as taxas de administra��o, performance ou cust�dia que est�o sendo cobradas pelo banco sobre o seu investimento. No caso dos fundos de renda fixa, por exemplo, em tempos de juros baixos, a taxa de administra��o n�o pode de modo algum ser maior do que 1%. J� existem bancos com fundos e taxas de 0,75%. E at� existem alguns com taxas de 0,5% - mas, nesses casos, os fundos exigem saldos superiores a 100 mil, 130 mil ou 150 mil, dependendo da institui��o financeira.
Importante � entender que n�o tem mist�rio: juros baixos = rendimentos baixos. Quem quiser fugir dessa equa��o ter� que mudar de estrat�gia, ganhar coragem e correr riscos.
