Rio - A concorrência entre os grandes bancos favorece os clientes com a queda nas taxas de juros em segmentos como financiamento imobiliário e crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS. Nas últimas semanas, por exemplo, Banco do Brasil, Bradesco e Santander anunciaram novas taxas nos empréstimos para quem quer comprar a casa própria, seguindo o mesmo movimento da Caixa Econômica Federal que já havia melhorado as suas condições.
E a partir de hoje passa a valer o novo percentual de juros do Itaú para segurados do INSS em crédito com desconto em folha. O banco anunciou que os juros foram de 2,08% ao mês, que é o teto permitido pela Previdência, para 1,99% ao mês.
"A redução da taxa para um nível inferior ao teto estabelecido pelo regulador tem como objetivo apoiar nossos clientes aposentados e pensionistas neste momento de recuperação do país após um longo período de contração da atividade", destacou Ricardo Botelho, diretor do Itaú Unibanco, em nota divulgada ontem à imprensa.
O anúncio de redução de juros no consignado veio após o Bradesco ter ultrapassado o Itaú e se tornado líder da modalidade no país. É a primeira vez que isso ocorreu desde que o maior banco privado da América Latina comprou a carteira do mineiro BMG, em 2012. O BMG, de acordo com a tabela disponível no site do INSS, trabalha com o patamar de 2,08% ao mês em empréstimos com prazo de pagamento de seis, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48,59 60 e 72 meses.
Mercado movimentado
O Bradesco totalizou R$ 45,3 bilhões em crédito consignado ao final de março, com crescimento de 3% em relação a dezembro, ante R$ 44,7 bilhões do Itaú, cujo incremento foi de 0,6%, na mesma base de comparação.
Atualmente, o banco que cobra a menor taxa para aposentados e pensionistas do INSS é o Banco de Brasília (BRB) com juros de 1,35% ao mês. No Banco do Brasil, os valores variam conforme o prazo de pagamento: vão de 1,56% ao mês (duas parcelas) a 1,97% ao mês (72 vezes).
Na Caixa, os juros para empréstimo consignado estão, segundo a tabela do INSS, em 2,02% ao mês (em duas vezes) a 2,08% ao mês em 72 meses. E o Santander cobra de 2,04% ao mês (três parcelas) a 2,08% ao mês no prazo máximo de seis anos para quitar o empréstimo estabelecido pela Previdência Social.