Um projeto semelhante está sendo estruturado no Complexo da Maré pelo Grupo Conexão G de Cidadania LGBT de Favelas, que fica na comunidade da Nova Holanda. No momento, a instituição busca financiamento para construir uma 'cozinha trans' na região. "As políticas públicas de empregabilidade não chegam à população trans das comunidades. E a falta de oportunidades é mais uma agressão que a gente sofre. Temos quatro chefs de cozinha na Maré que são travestis. Elas comandarão o projeto, que vai seguir o mote 'nós por nós mesmas'", antecipa Gilmara Cunha, diretora geral do Grupo Conexão G.
Com a cozinha implantada, a proposta, segundo Gilmara Cunha, é que o projeto possa ser um caminho para o empreendedorismo. "A ideia inicial é vendermos o que vamos produzir em eventos de empresas parceiras. Essa atuação vai mostrar a forma correta de enxergarmos a travesti, para além do imaginário erótico, ligado ao fetiche", diz.
O Grupo G está com edital aberto para jovens que irão atuar na prevenção de DSTs na Maré. Os candidatos selecionados receberão bolsa-auxílio.