Thaisa fala sobre seu retorno ap�s grave contus�o: 'Muito emocionante e tenso'

Central passou por um dif�cil processo de recupera��o da cirurgia no joelho esquerdo

Por ANA CARLA GOMES

A bicampeã olímpica de vôlei Thaisa está de volta às quadras pelo Hinode Barueri
A bicampeã olímpica de vôlei Thaisa está de volta às quadras pelo Hinode Barueri - Gaspar N�brega/Inovafoto/Hinode

Rio - Foi um longo período afastada das quadras. Sem atuar desde abril de 2017, a bicampeã olímpica Thaisa voltou a jogar no dia 16, na vitória do seu time, o Hinode Barueri, sobre o Bauru, pela Superliga feminina. A central passou por um difícil processo de recuperação da cirurgia no joelho esquerdo, quando chegou a ouvir até que poderia não retornar mais ao vôlei.

"Foi muito emocionante e ao mesmo tempo muito tenso. Estava bem nervosa e um pouco perdida em quadra. Mas não achava que seria diferente. Foram dez meses sem entrar em quadra. Não é fácil", recorda Thaisa, ao falar sobre o seu retorno. "A única coisa que eu tenho medo é de esbarrar em outra jogadora. Então, quando alguém vem na minha direção, correndo, como se a gente fosse trombar uma com a outra, eu dou uma travada, penso em me proteger. Não estou sentindo dores, não senti nada nessa partida. Fisicamente me sinto bem e agora é só retomar o ritmo de jogo mesmo".

A parte emocional foi fundamental nesse processo: "A força eu tirei da minha família, que estava o tempo todo comigo, e também de dentro de mim. Por mais que tenha gente do teu lado, se você não estiver com a cabeça boa, não trabalhar isso internamente, não for forte mentalmente, se não quiser muito uma determinada coisa, não adianta porque não vai fluir".

'EU TENHO É QUE TENTAR PARAR O ATAQUE DA TIFANNY'

No retorno às quadras, Thaisa enfrentou Tifanny, que tem sofrido críticas de que levaria vantagem física sobre as outras jogadoras na Superliga feminina. A bicampeã olímpica volta a defender a transexual. "Vejo o lado humano da Tifanny. Ela está ali, na quadra, jogando tanto quanto eu. Tenho que dar força para ela, incentivá-la a correr atrás dos seus sonhos e dos seus objetivos", afirma Thaisa, completando: "Não sou eu quem tem que dizer se ela pode jogar ou não. A partir do momento em que os órgãos responsáveis a liberaram e viram que ela tem condições de estar participando de campeonatos femininos, não vejo problema algum. Eu tenho é que tentar parar o ataque dela, tentar defender as bolas atacadas por ela".

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