O goleiro Jefferson deixou no ar a possibilidade de não guardar as luvas ao fim da temporada, conforme anunciara. "A princípio vou parar, mas vou deixar as coisas acontecerem", disse o ídolo alvinegro, de 35 anos.
Jefferson deu a entender que a decisão de se aposentar foi tomada por ter perdido a condição de titular para o paraguaio Gatito Fernández, fora do time por ainda se recuperar de uma lesão no punho. "Nunca falei que iria parar por causa da idade. Afinal, 35 anos, para goleiro, ainda é novo. Daria para jogar mais umas três temporadas. Mas ninguém sabe muito o que a gente passou para chegar até aqui", lembrou.
O goleiro disse que a grave lesão no braço esquerdo, em maio de 2016, que o levou a passar por duas cirurgias, foi algo difícil de ser superado. "Essa lesão que tive... Vinha num momento bom, sempre tive valorização. Mas, quando você fica parado um bom tempo, perde espaço, perde prestígio. A questão de não jogar, só treinar. Isso tudo pesa", destacou Jefferson.
O paredão alvinegro reafirmou que a decisão de se aposentador envolve vários aspectos e tem que ser bem avaliada. "Tenho que pensar em mim, na minha família. Recebo muito (cerca de R$ 400 mil) e fico no banco. A vida não é só dinheiro. Eu me cobro pelo que recebo no Botafogo".
Jefferson volta a campo com o Botafogo no domingo, às 16h, contra o América-MG, em Belo Horizonte, pela sexta rodada do Brasileirão. Sexto colocado, com oito pontos, o time precisa vencer para seguir no pelotão de frente.
Túlio eternizado
Campeão brasileiro em 1995, o ex-atacante Túlio Maravilha deixou as marcas dos seus pés em uma placa de cimento para ser incluída na Calçada da Fama do Maracanã.