Rio - Com muita festa, o Flamengo encerrou a preparação para o jogo contra o Independiente Santa Fé (COL) pela Libertadores. A torcida rubro-negra deu um show à parte nesta quinta-feira e mais de 40 mil pessoas foram ao Maracanã assistir ao treino que durou pouco menos de uma hora, com clima de jogo. Sem para de cantar, os torcedores mostraram apoio, mas também não deixaram de cobrar raça ao time.
O número de torcedores poderia ter sido até maior. Apesar de todos os ingressos terem esgotado, o Maracanã não encheu. Sócios-torcedores que fizeram check-in não apareceram e também havia muitas entradas nas mãos de cambistas, que vendiam de R$ 10 a R$ 20.
Mas os espaços vazios não fizeram falta, porque os torcedores aproveitaram o raro momento de treino aberto para poder ver de perto os jogadores. O primeiro a aparecer foi Lucas Paquetá, que entrou em campo de brincadeira e foi ovacionado. Fingiu que ia jogar uma bola para a arquibancada e voltou correndo para o túnel, para se juntar aos companheiros. Então todos entraram juntos, ao som do hino do Flamengo, com muitos sinalizadores, bandeirões balançando e até mesmo rojões. Júlio César foi o único a ter seu nome gritado.
Após aquecimento rápido, os jogadores fizeram um trabalho leve no meio-campo, divididos em três grupos. Guerrero participou da movimentação, enquanto Rhodolfo, recuperado de lesão na panturrilha direita, só correu em volta do campo e não será relacionado para esta quarta-feira. Berrío também fez um trabalho específico.
Apesar da festa grande, os torcedores também cobraram. Primeiro quem ouviu foi o presidente, Eduardo Bandeira de Mello, que conversou com alguns rubro-negro à beira do campo. Na arquibancada, uma faixa protestava com o alto preço para assistir aos jogos do Flamengo: "ingressos R$ 180? Flamengo do povo". No fim do treino, quando os jogadores cumprimentavam a torcida, gritos de "queremos raça" ecoaram no Maracanã.
Sem nenhuma confusão dentro do Maracanã, o Flamengo aprovou o treino aberto ao público e não descarta voltar a fazer algo semelhante outras vezes em jogos decisivos. Não necessariamente no Maracanã, que nesta terça-feira contou com cerca de 500 seguranças privados e não cobrou aluguel ao clube.
