Ambiente pesado, clima de desarmonia, guerra fria na diretoria e pressão por resultados melhores. Esse é o cenário que Rogério Ceni enfrenta no Ninho do Urubu às vésperas de o Flamengo pegar a Chapecoense neste domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Movimentos internos nas últimas horas maximizaram os problemas nos bastidores e mostram que o ciclo do comandante no time carioca está perto do fim.
Este é o pior momento que Rogério Ceni vive no clube desde a sua chegada, em novembro. O treinador nunca foi unanimidade no Ninho do Urubu, mas as conquistas de títulos importantes, mesmo com atuações ruins, seguraram o treinador no comando.
O perfil de Rogério Ceni não é bem quisto por muitos e isso inclui grande parte do atual elenco. Os treinos costumam variar e foram elogiado pelos jogadores na chegada dele ao Flamengo. Hoje, porém, alguns dizem que o comandante não consegue ser tão claro nas orientações durante as atividades e mostra arrogância no dia a dia.
Este é o pior momento que Rogério Ceni vive no clube desde a sua chegada, em novembro. O treinador nunca foi unanimidade no Ninho do Urubu, mas as conquistas de títulos importantes, mesmo com atuações ruins, seguraram o treinador no comando.
O perfil de Rogério Ceni não é bem quisto por muitos e isso inclui grande parte do atual elenco. Os treinos costumam variar e foram elogiado pelos jogadores na chegada dele ao Flamengo. Hoje, porém, alguns dizem que o comandante não consegue ser tão claro nas orientações durante as atividades e mostra arrogância no dia a dia.
Recentemente, o treinador passou instruções em jogadas ensaiadas nos treinamentos, jogadores perguntarem o porquê de fazer "tal movimento de marcação", e o treinador ficou sem resposta: "Vocês fazem o que vocês quiserem, então".
O que pesa para o Rogério é a gestão de grupo e a postura em momentos de crise. Treinador tem dificuldade de reverter quadros de adversidade nos jogos e no dia a dia. Por outro lado, essas mesmas fontes ressaltam virtudes do técnico e citam que Rogério Ceni é um profissional muito trabalhador, estudioso, capaz de ficar até de madrugada analisando o próximo adversário, mas não tem sido o suficiente. A gestão de grupo, pelo menos na visão dessas pessoas, não é feita de maneira correta pelo treinador, que está cada vez mais sem o vestiário.
O relacionamento mais próximo com alguns líderes do elenco incomoda a alguns jogadores. Há quem diga que o treinador muda horário de treinamento e refeição, após conversa com os tais líderes, e dá mais ouvidos a esses atletas do que aos demais, o que gera desconforto em parte do time.
Para piorar, o clima está tenso entre as comissões técnicas do Rogério e a permanente, depois que o site "UOL" noticiou que a equipe de análise de desempenho errou em uma informação na preparação do material para o treinador em uma partida contra o Sport. No documento, o setor indicou que Kannemann e Geromel, atletas do Grêmio, eram jogadores perigosos do Leão.
Como o jogo foi em 2020 e só veio a público agora, em um momento que Rogério Ceni está sendo "bombardeado" de críticas e pedidos de saída, profissionais da comissão técnica permanente do Flamengo acreditam que quem vazou o documento foi o próprio técnico (ou alguém da sua equipe) para se defender dos julgamentos e parar de "apanhar" sozinho. Há também quem suspeite que o vazamento tenha fins políticos, ao expor uma pessoa que não faz parte da análise de desempenho, Fabinho, Gerente de Inteligência e Mercado.
CENI INSATISFEITO:
A postura da diretoria do Flamengo, sobretudo do Departamento de Futebol, tem incomodado Rogério Ceni. O treinador reclamou nos corredores do Ninho do Urubu do fato de não ter recebido respaldo de membros da cúpula diante do cenário de críticas. O comandante esperava que alguém desse entrevista para bancar a permanência ou até mesmo dizer que confia em uma volta por cima.
Outro ponto que incomoda Ceni é a falta de reforços. O treinador entende que o momento financeiro do clube requer cuidados, mas já indicou jogadores com custo barato e, mesmo assim, não teve o desejo atendido. Até o momento, Bruno Viana foi o único reforço do time, mas o zagueiro não foi indicação do comandante. Pelo contrário: ele foi apenas comunicado da contratação.
POLÍTICA INTERNA:
Depois da derrota para o Atlético-MG, a pressão pela demissão de Rogério Ceni aumentou, com direito a protesto na Gávea. Algumas pessoas ligadas ao Departamento de Futebol vazavam informações de que a demissão do treinador não ocorreu porque o VP de Finanças, Rodrigo Tostes, não era a favor da troca de comando pelo alto custo: multa rescisória + valor do investimento para trazer outro profissional.
Diante do boato, Rodrigo Tostes se sentiu prejudicado e, publicamente (em entrevista ao Jornal O Dia), negou que tenha poder para decidir manter e/ou demitir funcionário ligado ao futebol, lembrou que há pessoas responsáveis por cada setor e que esse caso não estava sob a sua alçada.
"Nunca contratei, negociei salário ou demiti nenhum profissional do futebol. Além de covarde a informação não foi apurada devidamente. Dito isso, eu não estou segurando ninguém em cargo e muito menos alguém da importância do Rogério Ceni. Alguém que imagine que isso seja possível não entende que o Flamengo tem governança, estrutura com diretorias onde cada um tem a sua responsabilidade e seu orçamento aprovado pelos conselhos do clube."
O que pesa para o Rogério é a gestão de grupo e a postura em momentos de crise. Treinador tem dificuldade de reverter quadros de adversidade nos jogos e no dia a dia. Por outro lado, essas mesmas fontes ressaltam virtudes do técnico e citam que Rogério Ceni é um profissional muito trabalhador, estudioso, capaz de ficar até de madrugada analisando o próximo adversário, mas não tem sido o suficiente. A gestão de grupo, pelo menos na visão dessas pessoas, não é feita de maneira correta pelo treinador, que está cada vez mais sem o vestiário.
O relacionamento mais próximo com alguns líderes do elenco incomoda a alguns jogadores. Há quem diga que o treinador muda horário de treinamento e refeição, após conversa com os tais líderes, e dá mais ouvidos a esses atletas do que aos demais, o que gera desconforto em parte do time.
Para piorar, o clima está tenso entre as comissões técnicas do Rogério e a permanente, depois que o site "UOL" noticiou que a equipe de análise de desempenho errou em uma informação na preparação do material para o treinador em uma partida contra o Sport. No documento, o setor indicou que Kannemann e Geromel, atletas do Grêmio, eram jogadores perigosos do Leão.
Como o jogo foi em 2020 e só veio a público agora, em um momento que Rogério Ceni está sendo "bombardeado" de críticas e pedidos de saída, profissionais da comissão técnica permanente do Flamengo acreditam que quem vazou o documento foi o próprio técnico (ou alguém da sua equipe) para se defender dos julgamentos e parar de "apanhar" sozinho. Há também quem suspeite que o vazamento tenha fins políticos, ao expor uma pessoa que não faz parte da análise de desempenho, Fabinho, Gerente de Inteligência e Mercado.
CENI INSATISFEITO:
A postura da diretoria do Flamengo, sobretudo do Departamento de Futebol, tem incomodado Rogério Ceni. O treinador reclamou nos corredores do Ninho do Urubu do fato de não ter recebido respaldo de membros da cúpula diante do cenário de críticas. O comandante esperava que alguém desse entrevista para bancar a permanência ou até mesmo dizer que confia em uma volta por cima.
Outro ponto que incomoda Ceni é a falta de reforços. O treinador entende que o momento financeiro do clube requer cuidados, mas já indicou jogadores com custo barato e, mesmo assim, não teve o desejo atendido. Até o momento, Bruno Viana foi o único reforço do time, mas o zagueiro não foi indicação do comandante. Pelo contrário: ele foi apenas comunicado da contratação.
POLÍTICA INTERNA:
Depois da derrota para o Atlético-MG, a pressão pela demissão de Rogério Ceni aumentou, com direito a protesto na Gávea. Algumas pessoas ligadas ao Departamento de Futebol vazavam informações de que a demissão do treinador não ocorreu porque o VP de Finanças, Rodrigo Tostes, não era a favor da troca de comando pelo alto custo: multa rescisória + valor do investimento para trazer outro profissional.
Diante do boato, Rodrigo Tostes se sentiu prejudicado e, publicamente (em entrevista ao Jornal O Dia), negou que tenha poder para decidir manter e/ou demitir funcionário ligado ao futebol, lembrou que há pessoas responsáveis por cada setor e que esse caso não estava sob a sua alçada.
"Nunca contratei, negociei salário ou demiti nenhum profissional do futebol. Além de covarde a informação não foi apurada devidamente. Dito isso, eu não estou segurando ninguém em cargo e muito menos alguém da importância do Rogério Ceni. Alguém que imagine que isso seja possível não entende que o Flamengo tem governança, estrutura com diretorias onde cada um tem a sua responsabilidade e seu orçamento aprovado pelos conselhos do clube."
Ou seja, a guerra fria Ninho x Gávea também aflora neste momento. Profissionais "da Gávea" entendem que essa situação precisa ser resolvida pelas pessoas "do Ninho".