O Fluminense, de Marcão, e o Bahia, de Roger Machado, os dois únicos técnicos negros na Série A do Brasileirão, se enfrentam hoje, às 19h, no Maracanã, vivendo situações distintas na competição. Enquanto o Bahia — dirigido pelo herói do Fluminense no título da Copa do Brasil de 2007 (Roger marcou o gol na vitória de 1 a 0 sobre a Figueirense) — está confortável na oitava colocação, o Tricolor, que conquistou oito pontos nos últimos quatro jogos, melhorando seu aproveitamento e respirando um pouco mais aliviado, abriu apenas três pontos da zona de rebaixamento e segue ameaçado.
Quando terminou o turno com apenas 18 pontos, as contas obrigavam o Tricolor a somar 50% dos pontos para fugir da queda. Desde então, o aproveitamento subiu para 53% em cinco rodadas, graças aos quatro pontos fora de casa contra Botafogo e Cruzeiro. Agora, o Fluminense busca uma arrancada com os dois compromissos no Maracanã — na quinta-feira receberá o Athletico-PR.
"Analisando as últimas 12 rodadas do Brasileiro, o Fluminense cresceu 83% nos últimos seis jogos (três vitórias, dois empates e uma derrota) em relação aos seis primeiros. É o segundo clube que mais subiu de rendimento, ficando atrás apenas do Goiás", analisou o matemático Tristão Garcia.
Entretanto, conseguir a esperada arrancada não será fácil, já que o Fluminense não terá quatro titulares contra o Bahia. Sem Allan e Caio Henrique, com a Seleção pré-olímpica, Marcão também perdeu Yuri e Ganso, suspensos. além do reserva Marcos Paulo, com o sub-19 de Portugal.
Yuri seria o substituto natural de Allan e o mais provável é que Airton entre na vaga, mas Dodi também tem chances. Em relação a Ganso, Nenê pode ser recuado para a entrada de mais um atacante (Wellington Nem ou Ewandro). Na lateral esquerda, Orinho deve continuar. A outra mudança é a volta de Digão no lugar de Frazan.