Apesar de mais um anúncio da Petrobras de redução do preço do combustível nas refinarias, os cariocas seguem insatisfeitos com o valor e se queixam: a gasolina está cara na cidade. Em 30 dias, o litro ficou 24% mais barato para as distribuidoras, enquanto que para os motoristas a redução não chegou a 2% nas bombas dos postos do Rio.
A Petrobras reduziu o preço em 3,14% nas refinarias a partir de ontem. Com isso, o custo do litro do produto deve passar de R$ 1,66 para R$ 1,60 até hoje. Enquanto isso, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio do litro do combustível no Rio, entre 7 e 13 de outubro, era de R$ 5,138. E entre 4 e 10 de novembro, estava em R$ 5,036, queda de 1,98%.
Em um posto de Rocha Miranda, Zona Norte, por exemplo, é possível encontrar gasolina por R$ 4,77, o mais barato do Rio, segundo a ANP. Mas há preços mais elevados, como no Catumbi, que chega a R$ 5,39 o litro.
Na hora de abastecer, taxistas tentam driblar os preços. "Vejo postos mudando o valor, dependendo do horário, para deixar mais alto. Muitas vezes acabo abastecendo com gás porque não consigo manter o táxi só com a gasolina neste preço tão absurdo", desabafa o taxista Fábio Oliveira, de 37 anos.
Para Israel Magalhães, de 81, a discrepância é antiga. "Lá em cima (distribuidoras), para quem vende, dizem que baixa, mas não para nós. Não chega na bomba. Eles anunciam, sai no jornal e nada", conta. O morador de Bangu, que trabalha há 50 anos como taxista, diz que o preço elevado impacta diretamente no seu trabalho.