Cada militar paga no mínimo R$ 110 para ter acesso à assistência médica da PM, e os procedimentos errados preocupam quem precisa do HCPM.
Parentes de uma idosa que estava internada por causa de uma úlcera contaram que nos quatro meses de internação, nenhum gastroenterologista a consultou. Ela estava na ala ortopédica, mesmo sofrendo do estômago. Indignada, a família tomou uma atitude: passou a cuidar dela em casa. "Os médicos tentaram aplicar insulina na minha mãe duas vezes, mas ela não é diabética. Fizeram transfusão de sangue, mas não vigiaram. O sangue desceu muito rápido e ela começou a sentir dor no peito. Ela saiu muito debilitada do hospital, na cadeira de rodas e de fralda."
Ainda de acordo com a filha da idosa, o descaso é pior quando o interno não está acompanhado ou é levado para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI). "Os pacientes sem acompanhantes, principalmente idosos, chamam os enfermeiros para fazerem a limpeza, e eles demoram horas. Às vezes, os doentes ficam sujos até o dia seguinte."